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Isquemia miocárdica em coronária anômala pelo teste cardiopulmonar

SO PEI YEU, Piscopo, I. C. P., Garcia, L. N., Gidi, G., Marques, F. E. M., Katchvartanian, K., Uchida, A. H., Gaiotto, F. A., Accorsi, T. A. D., De Matos, L. D. N.J
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - - SP - BRASIL

Introdução: O teste cardiopulmonar (TCP) é mais acurado que o teste ergométrico convencional na detecção de isquemia miocárdica, mas pouco utilizado em portadores de coronária anômala (CA).

Caso: Homem, 35 anos, há 8 anos dor torácica em pontada quando realizava atividade física intensa, com mais frequência no início de 2024, realizou exames como eletrocardiograma (ECG) com ritmo sinusal e repolarização precoce, ecocardiograma normal, angiotomografia de coronárias com origem anômala da coronária direita no seio esquerdo, trajeto interaortopulmonar, com aspecto em fenda e moderada redução luminal (imagem A). Depois realizou uma cintilografia miocárdica com estresse físico, ECG com infradesnível do segmento ST de 1,5 a 2,0 mm, padrão convexo (imagem B) em DII, DIII e AVF, V4, V5 e V6, atingindo 103% da frequência cardíaca (FC) máxima predita e sem sinais de isquemia pela cintilografia. Angiografia coronária evidenciando isquemia na dose de 20 mcg/kg/min de dobutamina e reserva de fluxo fracionada (FFR) de 0,79 e FC 120 bpm, e dose de 40 mcg/kg/min FFR 0,76 e FC 142 bpm. O TCP em bicicleta foi um teste máximo, em vigência de ivabradina, QR 1,17, VO2 de 38,8 ml/kg/min, 99% do predito, primeiro limiar ventilatório de 67% do VO2 predito e FC de 127 bpm, slope do VO2/WR de 9,7 ml/min/W com achatamento à partir de 186 W e FC 146 bpm (imagem C), coincidindo com platô de pulso de oxigênio (imagem D), portanto sinais combinados do TCP associados à presença de isquemia miocárdica.

Discussão: O achatamento da curva VO2/WR com platô de PuO2 ocorreu na FC 146 bpm, próximo ao achado de isquemia com FFR 0,76 e FC 142 bpm e com início do infradesnível de ST do ECG de esforço da cintilografia miocárdica com FC 146 bpm e maior magnitude no pico FC 193 bpm. O TCP permitiu mensurar a real capacidade funcional aeróbia, com limiares ventilatórios e isquêmico bem definidos para prescrição de exercício individualizado e mais seguro, e contribuiu na estratificação de risco para os portadores de CA, com trajeto maligno e presença de isquemia miocárdica para manejo da próxima conduta.  

Conclusão: O TCP é um método adicional que permite identificar isquemia miocárdica mesmo em portadores de CA, além de proporcionar informações inerentes do própio método para auxílio na tomada de decisões.  

(imagem A)

(imagem B)

(imagem C)

(imagem D)

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