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É seguro usar o teste ergométrico como única estratégia de triagem para doença arterial coronariana em atletas master?

Kaliana Maria Nascimento Dias de Almeida, Julia Tupinambá Del Rey Crusoé, Gabriel Tamanaha Pacheco, Rodrigo Otávio Bougleux Alô, Marcelo Meller Garcez, Rafaela Rossini Buso, Marielle de Freitas Guimarães , Marcos Ferranti Smaniotto, Yolanda Gomes Cavini
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

A doença arterial coronariana (DAC) é responsável por cerca de 610.000 mortes anuais. Em 2022, houve 315 milhões de casos de DAC global e continua sendo a principal causa de morte súbita cardíaca em atletas com mais de 35 anos, sendo que os sintomas precedem o evento em apenas 12%–36% dos casos. O teste ergométrico (TE) é um exame de triagem comum para detectar alterações isquêmicas em atletas, no entanto, entre aqueles com TE positivo, apenas 30% tinham DAC > 50%. A angiotomografia das artérias coronárias (ATCC) tem sensibilidade e especificidade superiores a 90% para detecção de estenoses coronárias significativas. Apresentamos uma série clínica de atletas master e sua correlação entre o teste ergométrico em esteira (TEE) e a ATCC na identificação da DAC. Métodos:O registro incluiu 105 atletas master acompanhados no departamento de cardiologia esportiva de um hospital terciário de referência em cardiologia na cidade de São Paulo. Todos os pacientes realizaram TEE e ATCC, indicados por alterações no TEE, risco cardiovascular superior a 10% pelo escore de Framingham, histórico familiar de DAC ou dor torácica atípica. Os principais esportes praticados foram maratonas e corridas em montanha (>50%). Os principais fatores de risco encontrados foram dislipidemia, tabagismo e hipertensão. Resultados:Todos os pacientes realizaram o TEE, dos quais 44 foram normais (41,91%) e 61 foram positivos para isquemia (58,09%). Quando a ATCC foi realizada nesses pacientes, 17 (38,63%) daqueles com TEE normal apresentaram aterosclerose na ATCC, dos quais 3 (7%) eram significativos. Entre os pacientes com TEE alterado (44,26%), 27 (44%) apresentaram aterosclerose na ATCC, dos quais 12 (20%) eram significativos. Conclusão:O estudo reflete sobre a real segurança do uso do TE como único exame de triagem para DAC em atletas master. Como descrito em outros estudos, a presença de fatores de risco e TE positivo para isquemia miocárdica tiveram baixo valor discriminativo para identificar indivíduos com maior carga aterosclerótica, devido à baixa correlação entre o resultado do TEE e o resultado da ATCC. Esse método não invasivo tem ganhado espaço devido à sua alta sensibilidade e especificidade na detecção da DAC. No entanto, são necessários mais estudos para correlacionar o grau de aterosclerose encontrado na ATCC com o risco cardiovascular. É importante compreender o perfil das comorbidades da população avaliada.

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