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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

A RELAÇÃO ENTRE A FORMA CRÔNICA DA DOENÇA DE CHAGAS E A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA.

Beatriz Marques Ferreira, Manuela de Oliveira Assis Pastor, Carolina Marques Ferreira, Marco Antonio Ferreira
Universidade de Mogi das Cruzes - Mogi das Cruzes - SP - Brasil

 

INTRODUÇÃO: A doença de Chagas é causada principalmente pelo protozoário Trypanosoma cruzi,   transmitida por vetores hematófagos e hemípteros, como o popularmente conhecido “barbeiro”. É uma doença com bases epidemiológicas endêmicas da América do Sul, servindo de grande preocupação da saúde pública no Brasil. A fase crônica da doença é frequentemente responsável pela cardiopatia chagásica, caracterizada por uma inflamação e posterior fibrose do miocárdio, levando à insuficiência cardíaca (IC). Citocinas como IL-6 e PCR estão ligadas à inflamação crônica na doença de Chagas, agravando a disfunção cardíaca e aumentando a morbimortalidade por insuficiência cardíaca.METODOLOGIA: Foi conduzida uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, SciELO e Scholar Google, utilizando palavras-chave relacionadas ao tema “doença de chagas” e sua relação com a insuficiência cardíaca. Foram utilizados operadores booleanos para refinar os resultados, empregando a seguinte combinação: ("Doença de Chagas") AND ("Cardiomepatia" OR "Insuficiência Cardíaca") AND ("Chronic Disease"). Além disso, foram aplicados filtros de idioma (publicações em inglês e português) e o método PRISMA. A partir dos dados analisados, foram contemplados 17 artigos após métodos de inclusão e exclusão. RESULTADOS: A revisão revelou que a cardiopatia chagásica crônica é caracterizada por disfunção autonômica, arritmias e insuficiência cardíaca progressiva. Estudos destacam que a disfunção autonômica, manifestada por alterações no sistema nervoso parassimpático, precede frequentemente os sintomas clínicos de IC em pacientes chagásicos. Além disso, a presença de arritmias ventriculares complexas está associada a um pior prognóstico e aumento da mortalidade nesses pacientes. Complicações tromboembólicas também são comuns, ocorrendo em até 30% dos casos em estudos de autópsia, muitas vezes sem manifestações clínicas específicas. CONCLUSÃO: A insuficiência cardíaca decorrente da doença de Chagas permanece um desafio significativo na prática clínica, especialmente em áreas endêmicas. O reconhecimento precoce das manifestações cardíacas e a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos são essenciais para o manejo adequado e para a melhoria do prognóstico desses pacientes. Intervenções terapêuticas direcionadas, incluindo o controle de arritmias e a prevenção de eventos tromboembólicos, são fundamentais para reduzir a morbimortalidade associada à cardiomiopatia chagásica.

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