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INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO SEM ELEVAÇÃO DO SEGMENTO ST SECUNDÁRIO À DISSECÇÃO ESPONTÂNEA DE CORONÁRIA: RELATO DE CASO

Haissa Assad dos Santos Geraldo , Gleydyson Wesley Freire Lima , Kelvyn Melo Vital , Raphael Machado Rossi , Gabriel Martins Tomaz Rocha , Maria Isabel Del Mônaco, Ricardo Pavanello
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A dissecção espontânea de artéria coronária (DEAC) caracteriza-se pela separação não traumática das camadas íntima e média da artéria coronária, resultando em um hematoma intramural que causa compressão da luz arterial, redução de fluxo sanguíneo comprometendo a perfusão total ou parcial do vaso. A DEAC é responsável por até 35% dos infartos agudos do miocárdio (IAM) em mulheres jovens entre 40 e 50 anos, como o caso descrito neste relato. 

 

RELATO DE CASO: Mulher de 57 anos, dislipidêmica e com transtorno de ansiedade generalizada (TAG), apresentou dor em queimação em região epigástrica com irradiação para hemitorax esquerdo e região escapular,  sem melhora com uso de dipirona. Procurou atendimento de emergência em hospital onde trabalha realizando eletrocardiograma, que não evidenciou desnível de segmento ST, mas presença de onda q patológica em parede inferior, tinha dosagem de troponina positiva  125 pg/ml e 142pg/ml, com valor de referência  até 9pg/ml. Assim, recebeu o diagnóstico de IAM sem supra de ST, sendo então submetida no dia seguinte a cineangiocoronariografia que não evidenciou oclusão coronariana ou ateromatose, mas mostrou presença de fístula com origem na transição do tronco de coronária esquerda e descendente anterior com trajeto ascendente e comunicação com tronco pulmonar, sendo dado o diagnóstico de síndrome coronariana aguda (SCA) por roubo de fluxo em decorrência de fístula coronariana, foi solicitada uma angiotomografia de coronária para avaliação de fechamento percutâneo da fístula, como paciente evoluiu de forma assintomática  foi optado por alta hospitalar com proposta de fechamento ambulatorial. Chegou ao nosso serviço para consulta e em revisão de cateterismo foi evidenciada dissecção coronariana em subramo de artéria descendente posterior, sendo está a provável causa da SCA. Na ressonância de coração havia realce tardio de padrão coronariano, subendocárdico,no segmento inferior médio apical. No ecocardiograma havia fração de ejeção preservada com hipocinesia médio basal e infero lateral. Paciente se mantém assintomática em uso de estatina e ansiolítico.

 

CONCLUSÃO: A DEAC é uma causa pouco comum de SCA em mulheres jovens, estando associado a gravidez, exercício físico intenso e estresse emocional, diagnosticada por cineangiocoronariografia, na ausência de alterações de fluxo e  melhora dos sintomas a dissecção deve ser tratada de forma conservadora, sem implante de stent, mantendo acompanhamento médico com tratamento farmacológico e psicossocial.

 

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