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Análise do Perfil de Pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio e Impacto do Cuidado no Primeiro Mês de Seguimento em um Hospital Universitário

Lorena Martinez Corso, Elaine dos Reis Coutinho, Felipe Meireles Aun Barbosa, Bruna Soares Dantas, Carolina Parra Magalhães, Aloísio Marchi da Rocha, Adriano Cesar Bertuccio
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS – PUCAMP - - SP - BRASIL

Fundamento: Pacientes pós-infarto agudo do miocárdio (IAM) apresentam maior risco de eventos cardiovasculares, especialmente no primeiro ano de seguimento. A falta de dados sobre linha de cuidado pós-IAM e a ausência de sistematização dificultam o alcance de metas clínicas e laboratoriais, elevando a incidência de eventos cardiovasculares. Este estudo visa avaliar o perfil dos pacientes admitidos com IAM com (IAMCSST) e sem supradesnivelamento do segmento ST em Hospital Universitário e o impacto do seguimento especializado na obtenção das metas e redução de desfechos cardiovasculares no primeiro mês de seguimento.

Métodos: Estudo de coorte unicêntrico com 74 pacientes pós-IAM admitidos entre janeiro e outubro de 2024. Foram realizadas avaliações clínicas e laboratoriais (perfil lipídico e glicêmico) na admissão e 1 mês após evento, além de ecocardiograma transtorácico. 

Resultados: Dos 74 pacientes,  70 mantiveram seguimento por 1 mês. Idade média de 63±12 anos, 75,7% do sexo masculino.  Os fatores de risco prevalentes foram diabetes mellitus (DM) (39,2%), hipertensão arterial sistêmica (HAS) (70,3%), tabagismo (60,3%, sendo atual em 24,3% e prévio em 36,5%). 16,2% apresentavam doença arterial coronariana prévia. Foi realizada angioplastia transluminal coronária (ATC) em 90%. Apresentaram IAMCSST 71,6%, com tempo porta-balão de 26±45 minutos e trombólise em 32,4%. Ecocardiograma admissão: FEVE<40% em 16,2%; 41-49% em 24,3% e >50% em 58%. Exames admissão (mg/dl):  Colesterol total 169,5±46, LDL 111±42, HDL 41±10, VLDL  26±14, Triglicérides (TG) 134±74, Hemoglobina glicada (HBA1C) 6±1%. No primeiro mês de seguimento, a terapia hipolipemiante de alta potência com Atorvastatina 80mg esteve em 78,4% e como a dupla terapia antiplaquetária  em 75,7%. Até a primeira consulta, 5,1% apresentaram novas internações (3 anginas instáveis e 1 IAM). Exames primeiro mês (mg/dl): CT 124±26, LDL 70±22, HDL 39±9, VLDL  20±8, TG 107±43, HBA1C 6,5±1,4. 51,5% dos pacientes atingiram LDL<70mg/dl e 17,15% LDL<50mg/dl, com redução de 37% do LDL em relação ao basal. 

Conclusão: Esta análise inicial evidencia tabagismo, DM, HAS e sexo masculino como fatores de risco relevantes em pacientes com IAM. O seguimento precoce relacionou-se à boa adesão ao tratamento e redução do LDL.  Novos dados em breve estarão disponíveis sobre o seguimento de 6 meses e um ano e seus desfechos.

Palavras-chave: Pós-Infarto Agudo do Miocárdio; Seguimento; Perfil lipídico;

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