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Impacto dos Inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2(iSGLT2) na Mortalidade e Hospitalização na Amiloidose Cardíaca: Uma Revisão Sistemática e Meta-Análise

CHRISTIANE ESPÍRITO SANTO, Bruno Bueno, Andre Dabarian, Cristhian Romero, Jose Nativi Nicolau, Fabio Fernandes
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

 

Introdução

 

Os inibidores dos cotransportadores de sódio-glicose 2 (iSGLT2) têm sido associados a melhores desfechos em pacientes com insuficiência cardíaca, reduzindo hospitalizações e mortalidade. No entanto, pacientes com amiloidose cardíaca foram amplamente excluídos dos principais ensaios clínicos. Portanto, realizamos uma meta-análise para avaliar os possíveis benefícios dos iSGLT2 nessa população.

 

Métodos

 

Realizamos uma busca no PubMed e Embase por estudos que comparassem o uso de iSGLT2 com placebo em pacientes com amiloidose cardíaca. Os desfechos primários analisados foram: (1) mortalidade por todas as causas, (2) mortalidade cardiovascular, (3) hospitalizações e (4) níveis de NT-proBNP.

Este estudo foi registrado no PROSPERO sob o número de protocolo CRD420250650573. Utilizamos um modelo de efeitos aleatórios para calcular a razão de risco (RR) ou diferença média (MD) agrupada, com um intervalo de confiança (IC) de 95%. A heterogeneidade foi avaliada pelo teste Q de Cochran e estatística I².

 

Resultados

 

Incluímos cinco estudos observacionais, totalizando 5.101 pacientes, dos quais 2.528 estavam em uso de iSGLT2. O período médio de seguimento variou de 3 meses a 8,7 anos.  A mortalidade por todas as causas foi significativamente menor no grupo iSGLT2 em comparação com o grupo controle (Figura 1a: RR 0,37; IC 95% 0,28–0,49; p < 0,00001; I² = 12%).  A mortalidade cardiovascular também foi significativamente reduzida no grupo iSGLT2 (Figura 1b: RR 0,30; IC 95% 0,16–0,55; p < 0,00001; I² = 25%). Os níveis de NT-proBNP foram significativamente menores no grupo iSGLT2 (Figura 2b: MD -299,66; IC 95% -493,24 a -106,08; p = 0,002; I² = 0%). Não houve diferença significativa nas taxas de hospitalização entre os grupos (Figura 2a: RR 0,75; IC 95% 0,17–3,38; p = 0,70; I² = 94%).

 

Conclusão

 

Esses achados sugerem que o uso de iSGLT2 na amiloidose cardíaca está associado a reduções significativas na mortalidade por todas as causas, mortalidade cardiovascular e níveis de NT-proBNP. No entanto, não foi observado impacto significativo nas taxas de hospitalização. São necessários ensaios clínicos randomizados para confirmar esses resultados.

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