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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PROGRESSÃO DE BRADIARRITMIA POR DISAUTONOMIA EM PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EXTENSO

Rigamonti, L.M.S., Ruela, L.M.P., Megid, T.B.C., Silva, I. T., Araujo, O.M., Miranda, J.V., Oliveira, L.L.M., Maschio, G.A.
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL, HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - São José do Rio Preto - São Paulo - Brasil

Introdução: O acidente vascular cerebral é a segunda maior causa de mortalidade e a terceira de incapacidade no mundo. Em sua forma isquêmica, pode se manifestar como infarto cerebral hemisférico, chamado maciço ou maligno, com taxa de mortalidade de até 78%. Nestes casos, o edema cerebral pode gerar efeito de massa e herniação do lobo temporal sobre o tronco encefálico, desencadeando disautonomias. Como manifestações do quadro, inclui-se a hipertensão arterial, alterações do padrão respiratório e arritmias graves, incluindo bloqueios avançados com necessidade de terapia de suporte. Método: Relato de caso com base em informações retiradas de prontuário eletrônico, de paciente atendido no departamento de emergência de um hospital terciário. Caso: Paciente masculino, 71 anos, admitido em hospital terciário por quadro de disartria iniciada há oito horas, associada a insuficiência respiratória com necessidade de intubação orotraqueal. Tomografia de crânio da admissão evidencia extenso comprometimento de córtex e substância branca dos lobos temporal, insular, frontal, parietal e occipital esquerdos, colapso do ventrículo lateral esquerdo e apagamento dos sulcos corticais, compatível com insulto vascular isquêmico agudo (ASPECTS 0). Ainda à admissão, eletrocardiograma demonstra bradicardia sinusal. Após uma hora, o paciente evolui com bloqueio atrioventricular de segundo grau do tipo 2:1, progredindo para bloqueio atrioventricular total e indicação de marcapasso transvenoso.  Avaliado pela equipe de neurologia e considerado não apto a trombólise ou trombectomia, conforme protocolo hospitalar. Equipe de neurocirurgia descarta viabilidade de abordagem cirúrgica, diante da extensão das lesões e tempo de evolução. Estabelecidas medidas de neuroproteção. Paciente evolui a óbito três dias após a admissão. Discussão: A disfunção autonômica cardiovascular manifesta-se principalmente por aumento da atividade simpática, mas também por anormalidades do sistema nervoso parassimpático e ocorre principalmente na fase aguda do evento cerebral isquêmico. A perturbação do eixo coração-cérebro pode resultar em alterações da frequência cardíaca em 20% dos casos; esses distúrbios aumentam a chance de desfechos desfavoráveis, tanto em mortalidade, como em morbidade. Neste caso, fica documentada a progressão de uma bradiarritmia, de sinusal a bloqueio atrioventricular total, secundária à disautonomia por isquemia cerebral extensa.

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