SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Determinação da qualidade de vida de pacientes com Hipercolesterolemia Familiar

Leandro A. Barros, Cláudia S. Oliveira, Attilio Galhardo , Matheus Veloso, Francisco A. H. Fonseca, Maria Cristina de Oliveira Izar
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL, UNINOVE - Univers. Nove de Julho - São Bernardo do Campo - São Paulo - Brasil

Introdução: A Hipercolesterolemia Familiar (HF) é uma doença genética autossômica semidominante, associada à doença aterosclerótica cardiovascular (DASCV) prematura e estenose aórtica. A HF pode afetar a qualidade de vida (QoL), comprometendo os domínios físico, psicológico e social, e reduzir a expectativa de vida se não tratada precocemente.

Objetivos: Avaliar a QoL de pacientes com HF, considerando sua percepção sobre saúde física, psicológica, relacionamentos sociais e meio ambiente.

Métodos: Oitenta e oito pacientes com diagnóstico de HF (Dutch Lipid Clinic) responderam ao questionário WHO QOL-BREF, composto por 26 questões sobre saúde física, psicológica, social e ambiental. Os dados foram tabulados de forma anonimizada. O questionário foi respondido via link de "Formulário Google", enviado pelo WhatsApp ou respondido por ligação telefônica. Todos os dados colhidos pelo Formulário Google são privados e ficam registrados automaticamente. 

Análise estatística: Os dados foram categorizados de 1 a 5 pontos (1 ruim e 5 muito boa) e comparados por sexo e risco cardiovascular (muito alto, alto e intermediário) usando o Qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fischer (p<0,05). 

Resultados: Em relação ao sexo, no domínio psicológico, 87% dos homens e 43% das mulheres consideram a condição muito boa e boa, com melhor avaliação entre os homens (p=0,007). No âmbito das relações sociais, 72,4% das mulheres vs. 53% dos homens consideram suas relações boa e muito boa, com uma melhor resposta entre as mulheres (p=0,007%). Nos domínios físico e ambiental não houve diferença significativa entre os sexos (p = 0,4888 e p = 0,104 respectivamente). No que se refere ao risco cardiovascular, não se notou diferença entre pacientes com risco alto e muito alto em relação ao domínio físico (p= 0,298), psicológico (p= 0,529), social (p=0,131) e ambiental (p=0,464).

Conclusões: A despeito da carga imposta pela HF com relação à exposição de longo prazo a LDL-C elevado e ao risco de DASCV prematura, em pacientes seguidos em ambulatório especializado, nota-se que as relações sociais e o domínio psicológico diferiram com relação ao sexo, sendo que homens reportaram uma melhor saúde psicológica, enquanto as mulheres descreveram uma melhor saúde nas relações sociais, não sendo notada demais divergências. No quesito do risco cardiovascular, não se observou distinções nos quatro domínios. De modo geral, é notável uma diferença na QoL de homens e mulheres em dois dos quatro âmbitos da saúde biopsicossocial, com possíveis prejuízos a serem investigados. Bolsa IC Fapesp 2024/07097-4. 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

19, 20 e 21 de Junho de 2025