Introdução: As doenças isquêmicas do coração traduzem-se como uma das principais enfermidades não-transmissíveis no mundo. Esse destaque refere-se a doença como complicação de outras patologias não tratadas e evitáveis que geram interrupção da irrigação arterial nas paredes camerais por meio de tampões de trombos e/ou ateromas que podem, por conseguinte, acarretar em sequelas temporárias, permanentes ou em óbito. Diante disso, este estudo tem como objetivo realizar uma análise do painel epidemiológico das doenças isquêmicas do coração nos dois maiores países latinos, Brasil e Argentina, no período do último ano. Método: Estudo transversal e retrospectivo com análise de dados dos Ministérios da Saúde dos respectivos países para o ano de 2023. Foram analisados os anos potenciais de vida perdidos (APVP), limitando o estudo para 70 anos de vida. Para o cálculo de APVP, foi considerado população padrão aproximada de 140 milhões de brasileiros abaixo de 70 anos. Resultado: Para o país hispânico, foi constatado 21.681 mortes totais por doenças isquêmicas do coração (CID I20-I25), sendo 58,47% homens e 41,53% mulheres e a taxa de APVP para 100.000 habitantes foi de 192,4. Para o Brasil, foram 118.082 óbitos registrados, sendo 59,55% homens e 40,45% mulheres e a taxa de APVP para 100.000 habitantes de 186,63. Conclusão: Ambos os países apresentam taxas similares, o que indica uma situação clínica similar entre os dois países e uma manutenção dessa complicação, apesar de evitável. Os limites desse estudo foram a quantidade de dados disponíveis e comparáveis entre ambos os Ministérios, que limita a possibilidade de configuração de um perfil mais bem delimitado. Outros países também devem ser analisados para que se tenha uma confirmação dessa situação no continente.