INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica é a doença crônica mais prevalente globalmente, sendo um importante fator de risco para doenças cardiovasculares e renais. A doença renal hipertensiva, uma complicação grave da hipertensão, afeta principalmente a microvasculatura renal. O dano causado pela doença é gradual, crônico e silencioso, podendo levar a consequências graves se não tratado adequadamente. OBJETIVOS: Analisar o padrão de mortalidade por doença renal hipertensiva, considerando a variável sexo, no período de 2011 a 2020. MÉTODOS: Este estudo quantitativo descritivo foi realizado com base em dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, disponíveis no DATASUS/Tabnet, coletados entre 20 e 23 de janeiro de 2025. A análise foi realizada com dados agrupados por sexo, no período de 2011 a 2020. Os dados foram tratados utilizando o software BioEstat 5.3 e o método estatístico ANOVA de dois critérios, permitindo comparação entre as macrorregiões brasileiras com base na variável sexo. Os resultados foram apresentados por meio de medidas de frequência simples, relativa e coeficiente de mortalidade. RESULTADOS: A análise dos dados de mortalidade nas cinco regiões brasileiras revelou predominância de óbitos entre homens. Na região Norte, os óbitos masculinos representaram 57,4% do total; no Nordeste e Sudeste, foram 54,6% e 52,2%, respectivamente. Na região Sul, não houve diferença significativa entre os óbitos de homens e mulheres. Na região Centro-Oeste, os óbitos masculinos representaram 55,5%, com diferença estatística significativa em relação às mulheres. A análise dos coeficientes de mortalidade por 100 mil habitantes revelou heterogeneidade entre as regiões. A região Sudeste teve o maior coeficiente (2,4 por 100 mil/hab.), seguida pela região Centro-Oeste (2,1 por 100 mil/hab.). A região Norte apresentou o menor coeficiente (1,8 por 100 mil/hab.). CONCLUSÃO: Os resultados mostram maior prevalência de mortalidade entre os homens, além de uma significativa variação nos óbitos entre as regiões brasileiras. Não foi observado um aumento significativo nos óbitos entre 2011 e 2020 nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. É essencial disponibilizar registros confiáveis e atualizados sobre a doença renal hipertensiva, para melhor compreensão da doença e para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde mais eficazes.