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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Potencial prognóstico da relação E/A na disfunção diastólica em população não hospitalizada

Larissa Rodrigues Mendonça, Luana Vitória da Cruz Silva, Sabrina Delgado Alves do Valle, Marluce Santos de Alípio Rodrigues, Manuela Teodoro Santos, Maria Luiza Garcia Rosa, Antônio José Lagoeiro Jorge, Adson Renato Leite
Universidade Federal do Sul da Bahia - Porto Seguro - BA - Brasil

Introdução: A disfunção diastólica (DD) impacta significativamente na população não hospitalizada, associando-se a insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) e maior mortalidade. O diagnóstico precoce é crucial, e a ecocardiografia, por sua acessibilidade e correlação com dados invasivos, é essencial. Entre os parâmetros avaliados, a relação entre a velocidade do fluxo mitral inicial e a velocidade do fluxo mitral diastólico final (E/A) destaca-se por refletir a função diastólica, sendo fundamental na identificação precoce de alterações que podem modificar o curso da doença, reduzindo impactos individuais e coletivos. Alvo: Avaliar o potencial da relação E/A como fator prognóstico para hospitalização por causas cardiovasculares e mortes na atenção primária em saúde. Método: Foi realizado um estudo ecológico observacional longitudinal de base comunitária com recrutamento de 633 indivíduos para avaliação clínica e ecocardiograma com Doppler tecidual e análise espectral do doppler pulsado para a medida de velocidade da relação E/A, com dois pontos de corte distintos para caracterização da DD. Após seis anos, 560 participantes concluíram o estudo para investigação das causas de hospitalização e morte. Foram realizadas análises de sobrevida e hazard ratio (HR). Regressão multivariada de Cox com análise dos resíduos de Schoenfeld na análise uni variada, e um modelo final foi criado. Resultados: 355 (63%) eram mulheres com cerca de 59 anos. 405 participantes (72,3%) foram diagnosticados com hipertensão, 133 (23,8%) foram diagnosticados com diabetes e 99 (17,7%) eram fumantes atuais. Identificou-se um HR bruto de 3,47 e 3,60 e 3,02 e 0,41 para DD classe II e III nos pontos de corte 1 e 2 respectivamente (p<0,05). Após ajuste por sexo e idade, o HR foi 1,69, 2,80 e, 1,53 e 0,49 para DD classe II e III nos pontos de corte 1 e 2 respectivamente (p>0,05). Conclusão: A relação da E/A mostrou-se com padrão alterado na maioria dos participantes do estudo que estavam sem diagnóstico de insuficiência cardíaca, o que pode caracterizar a sua forma subclínica, o estágio B da IC.

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