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Circunferência do pescoço para detecção de adiposidade subcutânea e sua associação com risco cardiovascular

Anna Luísa Mennitti, Fernanda Abe, Mariana Reis, Beatriz Nishigima, Raphaela Paula Pinheiro, Renato Jorge Alves
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil, SANTA CASA DE SÃO PAULO - São Paulo - SP - BRASIL

Circunferência do pescoço para detecção de adiposidade subcutânea e sua associação com risco cardiovascular

 

INTRODUÇÃO:

A deposição de gordura está associada a maior risco cardiovascular (RCV). Para isso, existem medidas para a detecção de maiores níveis de deposição, como o Índice de Massa Corpórea (IMC) e a circunferência abdominal. Contudo, apresentam limitações por, respectivamente, não considerar a distribuição corporal de gordura ou por considerar apenas a deposição visceral. A adiposidade subcutânea também pode aumentar o RCV e pode ser facilmente medida pela circunferência do pescoço (CP) cujo aumento está relacionado à aterosclerose subclínica e possui medição de fácil reprodutibilidade. O objetivo deste trabalho é analisar a correlação da CP com o RCV calculado pelo Score Global de Risco de Framingham (FGRS) em pacientes com diferentes valores de IMC. 

 

MÉTODOS:

Foi realizada amostragem de conveniência em um mutirão de atendimentos, onde foi aferida a medida de CP com fita métrica inelástica, acima da cartilagem tireóidea, perpendicular ao eixo longitudinal do pescoço com o indivíduo sentado. Em homens cuja proeminência laríngea era exuberante, a CP foi aferida logo abaixo dela. Foi realizada coleta de dados acerca de: tabagismo, diabetes e hipertensão arterial; aferida a pressão arterial e dosagem de colesterol total e HDL-c para calcular o RCV pelo FGRS. Os dados foram analisados estatisticamente com Python de acordo com os padrões de normalidade.

 

RESULTADOS:

Foram incluídos 52 pacientes (idade 56.2±12.1; 75% mulheres). Os pacientes com mais de 60 anos e IMC>28 ou menos de 60 anos com IMC>25 foram agrupados em “acima do peso” e os demais em “peso adequado" cujos dados coletados estão dispostos na tabela 1. 

Houve diferença significativa entre as médias de CP dos dois grupos e também foi observada correlação (correlação de Pearson) entre o aumento do RCV e o aumento da CP nos pacientes com peso adequado (p<0.05; r=0.5). A mesma correlação não foi estatisticamente significativa no grupo de obesos (p>0.05). 

CONCLUSÃO:

Os achados indicam que a CP pode ser uma medida útil na detecção de gordura subcutânea em pacientes com peso adequado para os padrões de IMC, já que se mostrou moderadamente correlacionada com maior chance de desenvolver eventos cardiovasculares em 10 anos.

 

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