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A relevância do teste genético no diagnóstico da Hipercolesterolemia Familiar: um alerta contra o subdiagnóstico

Natasha Soares Simões dos Santos, Priscila Nasser de Carvalho, Luna Varela do Carmo, Flavio Galvão Ribeiro, Paula Veloso Siqueira, Hui Tzu Lin Wang, Mayriele da Silva Machado, Fernanda A. Heleno Batista, Gustavo Nishida, Kleber Gomes Franchini
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A hipercolesterolemia familiar (HF) é um distúrbio genético caracterizado por níveis elevados de LDL-C (≥190 mg/dL). Embora o escore Dutch MedPed (DMP) seja utilizado para a avaliação clínica, muitos pacientes não atingem critérios para um diagnóstico “definitivo” (> 8 pontos). O teste genético (TG) tem se tornado mais acessível e pode confirmar o diagnóstico em casos classificados como “provável” (6 a 8 pontos) ou “possível” (3 a 5 pontos), além de fornecer informações prognósticas. MÉTODOS: Incluídos pacientes com suspeita de HF, definida pela presença de pelo menos uma dosagem atual ou prévia de LDL-C ≥190 mg/dL (caso-índice), assim como os parentes de primeiro grau com histórico de dislipidemia. Pacientes com causas secundárias que justificassem a dislipidemia foram excluídos do estudo. RESULTADOS: Os pacientes foram avaliados clinicamente por meio do escore DMP, sendo classificados em três grupos: diagnóstico "definitivo" que mantiveram essa classificação após o TG; diagnóstico "possível", "provável" ou diagnóstico afastado (<3 pontos) que modificaram para “definitivo” com o TG e os pacientes que devido à ausência de alterações genéticas, permaneceram sem a confirmação diagnóstica. Observou-se um percentual significativo de pacientes que tiveram a classificação modificada com base no TG, confirmando o diagnóstico da HF mesmo em indivíduos que, pela baixa pontuação (< 3 pontos), teriam essa hipótese descartada. A média do escore inicial < 8 reduziu significativamente após a incorporação do TG (Figura). Nos pacientes previamente classificados como "definitivos" por critérios clínicos, um TG positivo permitiu a ampliação da investigação familiar por meio do rastreamento genético em cascata, possibilitando diagnóstico precoce. A confirmação da HF por meio do TG impacta significativamente a história natural da doença, permitindo: identificação precoce de aterosclerose subclínica, rastreamento em cascata de familiares, planejamento familiar e conscientização da necessidade de tratamento. Dessa forma, muitos casos não seriam diagnosticados apenas pelos critérios clínicos. CONCLUSÃO: Este estudo reforça a relevância do TG como ferramenta diagnóstica essencial na HF, permitindo intervenção precoce, ainda na fase subclínica da aterosclerose. Essa abordagem possibilita o alcance das metas de LDL-C, reduz o risco de DCV, melhorando o prognóstico dos pacientes e dos seus familiares.

 

 

 

 

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