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Análise da mortalidade hospitalar de pacientes submetidos a tratamento de infarto agudo do miocárdio no município de São Paulo na última década.

Eduardo R Silva Junior , Ana Ghabriela Moeckel Campioni Dourado , Laís Ferreira Moreira , Sávio Moraes Leal
Universidade Santo Amaro - São Paulo - São Paulo - Brasil

 

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) representa a principal causa de mortalidade na população brasileira e no mundo. Nas  últimas  décadas  houve  uma redução da  mortalidade de  IAM hospitalar devido aos avanços no manejo, principalmente nas capitais, uma vez que o tratamento adequado é de alto custo e sua disponibilidade concentra-se nos maiores centros. Porém a taxa de mortalidade hospitalar ainda se mantém alta, indicando atraso no diagnóstico, falta de acesso ao tratamento adequado e assistência prestada incapacitada. A análise da mortalidade hospitalar de pacientes submetidos a tratamento de IAM é um estudo que visa avaliar a efetividade dos protocolos hospitalares voltados ao tratamento do IAM. Métodos: O estudo elaborado trata-se de uma análise epidemiológica, descritiva e transversal. Os dados expostos foram obtidos através do banco informativo de saúde DATASUS (TABNET) entre os anos de 2014 a 2024, do município de São Paulo utilizando as variáveis cor, sexo e faixa etária. Resultados: Durante o período estudado houve 7.805 óbitos intra-hospitalares de pacientes submetidos ao tratamento de IAM, nos quais foi possível observar um aumento gradual ao longo da década, sendo 2020 o ano de maior incidência, representando 751 óbitos. No que se refere à cor, os brancos representaram o maior número de óbitos (37,9%), seguidos por pardos (24,8%), negros (5,3%) e amarelos (0,5%), sendo importante enfatizar a alta taxa de pacientes que não informaram a cor auto-referida (31,3%). Quanto ao sexo, a mortalidade foi predominante na população masculina, representando 54,90% dos óbitos totais. Em relação à faixa etária, a população idosa foi a mais afetada, sobretudo a partir dos 80 anos, representando 23,2% dos óbitos gerais. Conclusões: Constatou-se que houve um aumento da mortalidade hospitalar de pacientes submetidos a tratamento de IAM na última década no município de São Paulo com maior prevalência em brancos, homens e idosos acima de 80 anos. Diante desse cenário, a atualização de protocolos clínicos é substancial para a melhora dos desfechos.

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