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DESAFIOS DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS NO MANEJO DE SARCOMA ATRIAL, UM INIMIGO OCULTO NO CORAÇÃO.

LAURA BEATRIZ VIEIRA FEROLA, CRISTINA CARDOSO, EULER BRANCALHÃO, MILENA CURIATI, ROBERTO O. ROCHA, MARIA M. RUTHES, RENAN P. LIMACO, JULIANO N CARDOSO
Faculdade Santa Marcelina - São Paulo - SP - Brasil, HOSPITAL SANTA MARCELINA - São Paulo - SP - Brasil

INTRODUÇÃO: Os tumores cardíacos possuem uma frequência de 0,001% a 0,28%, sendo 80% benignos e apenas 20% malignos. Mixossarcomas são neoplasias malignas, mais frequente em mulheres entre a terceira e quarta décadas de vida e não possui marcador ou clínica específica.

CASO CLÍNICO: Mulher, 54 anos, procurou pronto-socorro por dispneia, inicialmente aos grandes esforços em progressão para esforços habituais em curto tempo. Diagnosticada com bronquite (SIC), sem melhora com uso de medicação prescrita. Em avaliação cardiológica, realizado ecocardiograma (ECO) que revelou imagem nodular no átrio esquerdo (AE), sugestivo de mixoma. Realizada exérese cirúrgica da tumoração e o exame anatomopatológico (AP) revelou um sarcoma plexiforme de células fusiformes com componente mixóide. Iniciado acompanhamento oncológico sem indicação inicial de tratamento adjuvante com quimioterapia. Após 6 meses foi realizada nova tomografia computadorizada, que identificou um nódulo sugestivo de metástase pulmonar, com indicação de retirada cirúrgica e o exame de AP confirmou o diagnóstico de tumor metastático, sendo iniciada quimioterapia com Doxorrubicina.

DISCUSSÃO: Tumores cardíacos primários são os que surgem no coração, sendo em sua maioria assintomáticos e, portanto, usualmente descobertos por achados de exames. Os mixossarcomas são frequentemente confundidos com tumores benignos, em especial com os mixomas. Ambos possuem sintomatologia e aspecto ecocardiográfico similares e a diferenciação depende da histologia e da evolução clínica. Local mais frequentemente acometido é o AE e os sintomas mais comuns são: dispneia, dor torácica, síncope, febre, perda de peso ou sinais de hipertensão pulmonar.  A conduta recomendada é a precoce ressecção cirúrgica do tumor, independente da imagem sugerir um tumor benigno ou maligno. Em associação à cirurgia, pode ser prescrita quimioterapia neoadjuvante, por alta probabilidade de surgirem metástases, porém sua exata indicação e funcionalidade ainda não estão muito bem definidas, tendo em vista que a Doxorrubicina, principal quimioterápico utilizado em sarcomas de tecidos moles, tem ampla toxicidade cardíaca.

CONCLUSÃO: A falta de evidência científica embasando uma conduta precisa para o tratamento dos tumores cardíacos malignos culmina com um sombrio prognóstico dos pacientes portadores, os quais em sua maioria, possuem sobrevida média de 1 ano após o diagnóstico e não há, até o momento, evidência de melhora com a associação de quimioterapia ou radioterapia. 

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