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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO - UMA ANÁLISE ESTATISTICA AO LONGO DOS ANOS

Ynara de Fátima Martins Vasconcelos , Ronnan Martins de Vasconcelos , Kelen Daniele Kaefer, Fernando Lucas Almeida Bononi , Rauer Ferreira Franco, João Carlos Bizinotto Leal de Lima , Gustavo Henrique da Silva, Patricia Paradeda Valenzuela, Amanda Oliva Spaziani
Universidade Brasil - Palhoça - SC - SC

INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, caracterizado pela obstrução súbita das artérias coronárias, o que impede o fornecimento de oxigênio ao miocárdio, levando à necrose do tecido cardíaco. Fatores como idade, sexo, comorbidades e o tamanho do infarto estão associados ao risco de IAM. OBJETIVOS:Avaliar o perfil de óbitos por IAM no Brasil entre 2005 e 2022, analisando as tendências temporais, distribuição por características sociodemográficas e geográficas, e padrões de óbito. MÉTODOS:O estudo foi realizado com dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), acessados entre 11 de janeiro e 05 de fevereiro de 2025. O estudo é retrospectivo, longitudinal e quantitativo, com delineamento descritivo. Os dados foram agrupados por macrorregiões brasileiras, sexo e faixa etária. A análise estatística foi realizada usando o Software BioEstat 5.3, com o teste de Friedman para comparar médias e a apresentação dos dados por estatísticas descritivas. RESULTADOS: Entre 2003 e 2022, o Brasil registrou 1.656.261 óbitos por IAM. A maior concentração de mortes ocorreu nos meses de maio (8,84%), junho (8,93%), julho (9,32%) e agosto (8,94%), sugerindo uma sazonalidade. A predominância de óbitos foi no sexo masculino, com 977.839 casos, contra 678.241 óbitos femininos. A faixa etária mais acometida foi de 70 a 79 anos (25,38%), seguida por pessoas com 80 anos ou mais (24,99%) e de 60 a 69 anos (23,42%). A região Sudeste concentrou 47,28% dos óbitos, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro. A região Nordeste registrou 435.213 mortes, com aumento gradual de óbitos entre 2003 e 2022. A maior parte dos óbitos ocorreu em ambiente hospitalar (52,31%), mas 33,76% ocorreram em domicílio, possivelmente devido a dificuldades no acesso a cuidados médicos. CONCLUSÃO: A mortalidade por IAM no Brasil foi mais prevalente na região Sudeste, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro, com maior incidência nos meses de maio a agosto. A mortalidade foi mais alta entre homens e idosos, especialmente nas faixas etárias acima de 60 anos. Embora a maioria dos óbitos tenha ocorrido em hospitais, a alta taxa de mortes em domicílio aponta para lacunas no acesso ao tratamento adequado, especialmente em áreas remotas. O aumento contínuo dos óbitos ao longo do tempo reforça a necessidade de ações públicas voltadas para a prevenção primária e secundária do IAM, como controle da hipertensão, diabetes e tabagismo, e ampliação de intervenções emergenciais e de reabilitação cardiovascular.

 

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