INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial (HA) é uma condição crônica não transmissível, influenciada por fatores genéticos, ambientais e sociais. A definição clínica é uma pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 140 mmHg e diastólica (PAD) ≥ 90 mmHg. A HA é a principal causa de doenças cardiovasculares (DCV) e apresenta prevalência crescente e controle insatisfatório, sendo uma grande preocupação de saúde pública no Brasil. Fatores de risco incluem idade, sexo, etnia, obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de sal e álcool, e condições socioeconômicas.OBJETIVOS:Analisar o perfil das hospitalizações por Hipertensão Arterial no Brasil entre 2018 e 2022. MÉTODOS: A coleta de dados foi realizada a partir do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS) acessado por meio da plataforma Tabnet/DATASUS, entre 05 de janeiro e 02 de fevereiro de 2025. O estudo é retrospectivo, longitudinal e quantitativo, com delineamento descritivo. Os dados foram segmentados por macrorregiões, tipo de atendimento e sexo. A análise foi feita utilizando o software BioEstat 5.3 e o teste T pareado. RESULTADOS: Entre 2018 e 2022, foram registradas 222.764 internações por HA no Brasil. A região Nordeste concentrou 86.119 internações e foi responsável por 39,66% dos óbitos, totalizando 1.499 mortes, com uma taxa de mortalidade de 2,91%. A região Norte teve a maior taxa de mortalidade (3,58%), com 575 mortes. A distribuição das internações ao longo dos anos mostrou que 24,93% ocorreram em 2018, e 16,23% em 2021. Quanto ao tipo de atendimento, 94,52% dos casos foram de urgência, enquanto 5,48% foram eletivos. Em relação ao sexo, 57,72% dos casos ocorreram em mulheres e 42,28% em homens.CONCLUSÃO: As hospitalizações por HA no Brasil foram predominantes na região Nordeste, que também registrou a maior proporção de óbitos e custos com atendimentos. A região Norte, com menor número de casos, apresentou a maior taxa de mortalidade. A doença afetou principalmente mulheres, e a maioria dos atendimentos foi de urgência, refletindo a gravidade da condição.