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Valve-in-Valve Aórtico em Pacientes de Alto Risco: Análise de Resultados em Centro de Referência em São Paulo.

Gabriela F Pereira, Auristela I O Ramos, Natássia S Santos, Giseli Casarini, Matheus Lorenzoni , Tacianne R Braga Delamain, Ibraim Pinto, Antonio Tito Paladino, Alberto Colella Cervone, Dimytri A de Alvim Siqueira
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO 

As biopróteses são frequentemente preferidas às próteses mecânicas devido à menor trombogenicidade e à dispensa de anticoagulação prolongada. No entanto, elas apresentam um risco elevado de disfunção estrutural, o que compromete sua durabilidade. Para tratamento dispomos de cirurgia convencional ou Valve-in-Valve (ViV), com dados comparativos ainda controversos na literatura. As análises de curto prazo têm favorecido o procedimento percutâneo pela menor morbimortalidade. O ViV apresenta-se como uma alternativa promissora, especialmente em pacientes selecionados, oferecendo uma opção menos invasiva para aqueles com alto risco cirúrgico.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo prospectivo, observacional e unicêntrico, conduzido entre 2020 e 2024. Foram incluídos pacientes com cirurgia de troca valvar aórtica prévia e disfunção estrutural que fossem de alto risco cirúrgico. Foram excluídos pacientes com anatomia desfavorável ao procedimento na angiotomografia de planejamento. 

RESULTADOS

O estudo incluiu 29 pacientes, com idade média de 72 anos e EuroScore II médio de 9,32% (alto risco). Na amostra,  55,2%  apresentavam prótese de tamanho 23 e 25 com durabilidade média de 12 anos. 31,3% dos pacientes foram submetidos ao procedimento em caráter de urgência. A via de acesso, em 98% dos casos, foi a transfemoral e 75,8% das próteses implantadas são balão expansíveis.   O ecocardiograma após 6 meses do procedimento mostrou redução significativa no gradiente sistólico máximo, de 51mmHg para 14,5 mmHg e na massa do ventrículo esquerdo (155g/m² para 118 g/m²). O tempo médio de internação foi de 4,13 dias. O seguimento médio foi de 17 meses, com mortalidade geral de 13,7%. Todos os pacientes encontravam-se em classe funcional I ou II de New York Heart Association e 75% apresentavam próteses normofuncionantes no seguimento ambulatorial.

CONCLUSÃO

Em um seguimento médio de 17 meses, os resultados deste estudo confirmam que o ViV aórtico é uma alternativa eficaz e segura para pacientes com disfunção estrutural de bioprótese e alto risco cirúrgico. Os resultados demonstram uma melhora significativa da hemodinâmica valvar, evidenciada pelo ecocardiograma, além de uma redução na classe funcional dos pacientes após o procedimento.i

 

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