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Prevalência de Incontinência urinária em idosos cardiopatas

LANA FABÍOLA SOUZA IANONI, PEDRO WAN DEL REI, LIVIA DA MATA LARA, CAROLINA MARIA NOGUEIRA PINTO, FELICIO SAVIOLI NETO, NEIRE NIARA F. ARAUJO
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

 A incontinência urinária (IU)

representa uma condição que aumenta com a idade e afeta cerca de 30% dos idosos da comunidade e até 50% daqueles institucionalizados. Dentre os diversos tipos de IU (de esforço, de urgência, mista e por transbordamento), a de esforço representa a grande maioria destas (50-70%) e que podem ser agravadas polo uso das medicações habitualmente indicadas e essenciais para tratamento das diversas condições cardiovasculares que afetam os idosos, destacando-se o uso de diuréticos ou de medicações com efeito diurético. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência de incontinência urinária em idosos atendidos em ambulatório de cardiogeriatria.

Métodos: Estudo transversal, realizado no período entre outubro e novembro de 2024, com a inclusão consecutiva de 96 pacientes atendidos em ambulatório de cardiogeriatria, todos com alguma condição cardiovascular estabelecida. À avaliação clínica de IU foi baseada na anamnese e no questionário ICIQ-SF (Incontinence Continence Inventory Questionnaire Short Form), instrumento para avaliar perda de urina e o quanto ela incomoda. Resultados: A média de idade foi de 79 anos (+4,75), 55,2% do sexo feminino. As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial (90,6%), dislipidemia (72.9%), diabetes (46,8%), insuficiência cardíaca (46,8%), doença arterial coronariana (41,6%).

fibrilação atrial (19,7%) e valvopatias (16,6%). Entre as medicações cardioativas mais prescritas destacaram-se beta-bloqueadores (63,5%), diuréticos (60,5%), bloqueadores de receptor da angiotensina (44,1%), inibidores da enzima conversora de angiotensina (38,8%) e os inibidores da SGLT-2 (24,6%). Incontinência urinária foi observada em 37 pacientes (38,5%), a maioria com quadro sugestivo de IU de esforço. Conclusão: Nesse estudo observamos uma elevada prevalência de IU em cardiopatas idosos. No tratamento das diferentes doenças cardiovasculares, tal condição pode levar a uma cascata de complicações tais como infecções urinárias de repetição pelo uso de fraldas, despertares noturnos com prejuízo do sono e quedas. hipotensão ortostática e desequilibrio. Assim, torna-se evidente a necessidade de um olhar para além do foco cardiológico em direção ao geriátrico.

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