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Incidência e Preditores de Readmissão Hospitalar em Pacientes com Insuficiência Cardíaca: Uma Análise de Coorte Retrospectiva

BEATRIZ CORRÊA MOREIRA DA SILVA, BRUNA RENÓ DI NICOLÓ, GABRIEL DE SOUZA PETRINI, LAURA BERGER LEAL, LUIZ FERNANDO A. M. DO NASCIMENTO, MARJORIE SECATTO BATISTA, ANA KARYN EHRENFRIED DE FREITAS
UNIVERSIDADE POSITIVO - CURITIBA - PR - BRASIL, HOSPITAL CRUZ VERMELHA - CURITIBA - PR - BRASIL

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) representa um desafio significativo para os sistemas de saúde devido às frequentes descompensações e consequentes readmissões hospitalares, impactando a morbimortalidade e os custos hospitalares. Identificar fatores preditores de readmissões pode contribuir para intervenções precoces e otimização do manejo clínico desses pacientes.

Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, unicêntrico, incluindo pacientes com diagnóstico prévio de IC atendidos em hospital terciário entre julho de 2022 e agosto de 2024. Foram analisados dados clínicos, laboratoriais e terapêuticos de 215 prontuários eletrônicos. Comparações entre pacientes readmitidos e não readmitidos foram realizadas por testes estatísticos adequados, e a análise de regressão logística identificou fatores preditores de readmissão, considerando p<0,05 como estatisticamente significativo.

Resultados: Entre os pacientes reospitalizados, não houve diferença significativa na idade (65,25 ± 11,8 vs. 64,2 ± 11,09 anos; p=0,189) e no sexo masculino (53,6% vs. 62,6%; p=0,189). As comorbidades DRC (42,9% vs. 28,2%; p=0,027) e tabagismo (65,4% vs. 49,2%; p=0,022) foram associadas a maior risco de readmissão. A classe funcional NYHA esteve fortemente correlacionada com hospitalizações, apresentando um aumento de 73,7% no risco de reinternação para cada classe adicional (p=0,02). O uso dos quatro pilares terapêuticos recomendados para IC foi mais prevalente entre os pacientes readmitidos (29,8% vs. 19,8%), o que pode refletir uma maior oportunidade de otimização do tratamento no ambiente hospitalar, sem indicar necessariamente uma piora clínica.

Conclusões: A DRC, o tabagismo e a classe funcional NYHA elevada foram identificados como fatores preditores de readmissão hospitalar em pacientes com IC. O ambiente hospitalar se mostrou crucial para otimização do tratamento, sugerindo que estratégias ambulatoriais mais eficazes são necessárias para evitar descompensações e reduzir reinternações.

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