INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de morte e hospitalização, sendo um fator significativo nas taxas de mortalidade global e nacional. O infarto agudo do miocárdio (IAM) é caracterizado pela morte celular nos cardiomiócitos devido à falta de oxigênio, resultante de uma obstrução nas artérias coronárias. Dependendo da extensão da lesão, essa condição pode causar sérios danos ao coração, podendo ser fatal. Além de sua alta letalidade, o infarto é uma preocupação crescente para a saúde pública, pois está fortemente relacionado à alta prevalência de fatores de risco na população brasileira. OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico de casos de IAM no Brasil, no período entre 2020 e 2022. MÉTODOS: A pesquisa foi conduzida a partir dos dados disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares do SUS, acessados por meio do Tabnet/DATASUS, entre os dias 15 e 30 de janeiro de 2025. Trata-se de um estudo retrospectivo e longitudinal, de natureza quantitativa e abordagem descritiva. A análise estatística foi realizada com o uso do Software BioEstat 5.3, utilizando o teste T pareado para comparar os grupos, e os resultados foram apresentados por meio de estatísticas descritivas, com medidas de tendência central e de dispersão. RESULTADOS: No período de 2020 e 2022, o Brasil registrou 434.218 casos de IAM. A maior concentração de casos foi observada na região Sudeste com 212.023 casos, representando 48,83% do total de ocorrências. A região Sudeste também apresentou a maior quantidade de óbitos, com 48% do total, o que resultou em uma taxa de mortalidade de 12,28%. Em relação à distribuição anual, 37,53% dos casos ocorreram em 2022, em comparação a 30,04% em 2020. Quanto à classificação de atendimento, 90,49% dos casos foram atendidos como urgência, enquanto 9,51% foram atendidos de forma eletiva. Em termos de sexo, 63,74% dos casos afetaram homens, enquanto 36,26% foram em mulheres. Em relação à faixa etária, os idosos entre 60 e 69 anos representaram a maior proporção de casos, com 31,11%. CONCLUSÃO: Os casos de IAM no Brasil são mais frequentes na região Sudeste, que também registra a maior proporção de óbitos, além de apresentar a taxa de mortalidade mais alta entre as regiões. A prevalência é maior entre homens de 60 a 69 anos, com predominância de atendimentos em caráter de urgência.