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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

INFARTO DO MIOCÁRDIO EM PUÉRPERA COM DISSECÇÃO ESPONTÂNEA DE CORONÁRIA DIREITA ASSOCIADA A ECTASIA E FÍSTULA CORONÁRIA

FILHO, E. C. A., MORALES, P. S., BIASO, S. T., FARIA, M. M. P., Delamain, J. H. H., VITAL, K. M., BORGES, V. F., YOSHIOKA, C. Y., PIRES, M. S. C., CENTEMERO, M.
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: A dissecção espontânea de artéria coronária (DEAC) pode causar síndrome coronária aguda (SCA), sendo mais prevalente em mulheres jovens, gestantes e puérperas. Relatamos um quadro clássico de DEAC associada à imagem angiográfica incomum de ectasia coronariana, hematoma intramural e fístula arteriovenosa.
Relato de caso: Mulher, 32 anos, não tabagista, sem comorbidades prévias, puérpera há 16 dias (cesárea em 24/8/24), admitida com quadro de SCA em 9/9/24 com supradesnivelamento de ST inferior e submetida à trombólise com sucesso. Evoluiu assintomática com tratamento farmacológico otimizado e dupla antiagregação plaquetária. Em cinecoronariografia (figura 1) realizada 25 dias após, a coronária direita apresentava-se ectásica, com imagem sugestiva de dissecção na porção médio-distal, com extenso hematoma intramural e provável compressão da luz verdadeira, com oclusão do ramo ventricular posterior (VP). Coronária esquerda (CE) com imagem sugestiva de pequena fistula para seio coronário. Imagem intravascular não realizada devido aos riscos de piora da dissecção, ruptura do vaso e embolização. Angiotomografia coronária (AC) 28 dias após a SCA revelou escore cálcio zero, grande ectasia da coronária direita, imagem sugestiva de hematoma intramural de até 8 x 8 mm, além de lâmina de dissecção, com trombose parcial da luz e oclusão do VP (figura 2). Também se indentificou fístula arteriovenosa da CE para o seio coronário (figura 3). Continuou assintomática e a cintilografia do miocárdio (24/01/2024) revelou hipocaptação persistente (5%) na parede inferior com fração de ejeção de 43%. Nova AC realizada em 13/02/2025 revelou resolução quase completa da linha de dissecção e do hematoma intramural.
Conclusão: Apresentamos um caso de DEAC com achado de imagem incomum e prognóstico incerto, sendo optado pelo manejo conservador. Não é possível correlacionar todos os achados da angiografia, entretanto, a paciente evoluiu satisfatoriamente e a AC, 64 dias após a SCA, revelou cicatrização quase total da dissecção e reabsorção importante do hematoma intramural.

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19, 20 e 21 de Junho de 2025