INTRODUÇÃO
A febre reumática é desencadeada por infecção pelo Streptococcus β-hemolítico do grupo A e se manifesta clinicamente com artrite, cardite, coreia de Sydenham, nódulos subcutâneos e eritema marginado. A cardite reumática, uma das principais manifestações, é a única associada à mortalidade e sequelas permanentes. O diagnóstico de cardite reumática deve ser confirmado por eletrocardiograma (ECG) evidenciando alterações morfológicas nas valvas mitral e/ou aórtica, além de Doppler que demonstre regurgitação valvar patológica.
MÉTODOS
Trata-se de um trabalho de estudo observacional, descritivo e transversal. Foram reunidos dados epidemiológicos de registros de mortalidade de pacientes acometidos por febre reumática com comprometimento cardíaco, no período de 2013 a 2023, no Estado de São Paulo. As variáveis analisadas incluíram faixa etária, sexo, cor/raça e escolaridade. As informações foram extraídas da base de dados do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
RESULTADOS
Em relação à faixa etária, 60 a 69 anos correspondeu à maior mortalidade (23,37%), seguido pela faixa de 50 a 59 anos (21,42%). Já em relação ao sexo, o feminino foi mais prevalente, com 67,53% dos óbitos. No que diz respeito à cor/raça, a branca foi a mais afetada, sendo responsável por 68,83% dos óbitos. Em relação à escolaridade, houve maior predomínio naqueles com 8 a 11 anos de estudo, que representaram 25,97% dos óbitos.
CONCLUSÃO
Os dados obtidos evidenciaram maior mortalidade por febre reumática com comprometimento cardíaco em idade entre 60 e 69 anos, sexo feminino, cor/raça branca, e escolaridade entre 8 e 11 anos.