Reduzindo Barreiras no Diagnóstico e Controle da Hipertensão Arterial: Experiência na Unidade Básica de Saúde Jardim Santa Tereza
Introdução: A hipertensão arterial é uma condição crônica que afeta uma grande parcela da população brasileira, sendo um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Santa Tereza, em Jandira-SP, a prevalência da hipertensão evidencia a necessidade de estratégias eficazes para diagnóstico precoce e controle adequado. O objetivo desta intervenção foi sensibilizar a comunidade sobre a importância do diagnóstico precoce e manejo da hipertensão, utilizando a educação em saúde como ferramenta principal.
Métodos: A intervenção foi dividida em cinco etapas: planejamento, convocação, execução, educação e análise. Materiais educativos foram distribuídos previamente, e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Questionários sobre dados sociodemográficos, histórico de saúde e sintomas de hipertensão foram aplicados. Aferições de pressão arterial foram realizadas conforme as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Casos com pressão arterial ≥ 140/90 mmHg receberam orientações sobre mudanças de hábitos e a importância da adesão ao tratamento. A adesão ao tratamento foi monitorada após um mês, por meio de registros de consultas no sistema da Unidade Básica de Saúde.
Resultados: Dos 36 participantes, 52,8% não possuíam diagnóstico formal de hipertensão, apesar de 75% apresentarem pressão arterial elevada. Entre os hipertensos diagnosticados, 47,2% usavam medicação regularmente. A avaliação dos sintomas revelou que 44,4% dos participantes não relataram sintomas visíveis, dificultando o reconhecimento da hipertensão. Aproximadamente 38% retornaram para o acompanhamento médico. O perfil dos participantes mostrou um predomínio do sexo feminino (77,8%) e uma média de 55,5 anos entre os hipertensos.
Conclusão: A intervenção destacou o impacto da educação em saúde no aumento da conscientização sobre hipertensão, facilitando o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento. A presença de sintomas visíveis influenciou diretamente a busca por diagnóstico, enquanto a falta de sintomas foi uma das principais barreiras. A replicação de programas educativos semelhantes pode ser eficaz para melhorar o controle da hipertensão em outras Unidades Básicas de Saúde.