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MORTALIDADE POR PRÉ-ECLÂMPSIA NO BRASIL – UM ESTUDO RETROSPECTIVO LONGITUDINAL

Ynara de Fátima Martins Vasconcelos , Ronnan Martins de Vasconcelos , Kelen Daniele Kaefer, Fernando Lucas Almeida Bononi , Rauer Ferreira Franco, João Carlos Bizinotto Leal de Lima , Gustavo Henrique da Silva, Patricia Paradeda Valenzuela, Amanda Oliva Spaziani
Universidade do Brasil - São Paulo - SP - BR

INTRODUÇÃO: As síndromes hipertensivas na gestação, como a pré-eclâmpsia, representam um fator significativo de risco para a saúde materna e fetal, sendo uma das principais causas de complicações graves durante a gravidez. A pré-eclâmpsia é caracterizada por hipertensão arterial (HÁ) e proteinúria após a 20ª semana de gestação, podendo evoluir para formas mais graves, como a eclâmpsia e a síndrome de HELLP. A pré-eclâmpsia está fortemente associada a fatores de risco como obesidade, hipertensão crônica e doenças renais pré-existentes, e que o acompanhamento rigoroso no pré-natal é fundamental para a redução das complicações associadas. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é avaliar o perfil de mortalidade materna associada à pré-eclâmpsia no Brasil, entre os anos de 2011 e 2020. MÉTODOS: A coleta de dados foi realizada por meio do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, utilizando a plataforma Tabnet/DATASUS, com dados de domínio público. O estudo foi retrospectivo, longitudinal e de abordagem quantitativa, com análise descritiva. A coleta foi realizada entre 08 e 29 de janeiro de 2025. A inferência estatística foi realizada utilizando o software BioEstat 5.3, com o teste de Friedman para comparar os grupos, e os dados foram apresentados por meio de estatísticas descritivas, medidas de tendência central e dispersão. RESULTADOS: Durante o período de 2011 a 2020, foram registrados 1.198 óbitos no Brasil por pré-eclâmpsia. A maior parte dos óbitos ocorreu nas regiões Sudeste  (35,14%) e Nordeste (35,06%), enquanto as regiões Sul (9,27%) e Norte (9,85%) apresentaram os menores números de mortes. A distribuição dos óbitos ao longo dos anos não revelou uma tendência crescente, com destaque para o ano de 2020, com 146 mortes, e 2012, com 105 óbitos. Em relação à faixa etária, as maiores taxas de mortalidade ocorreram entre mulheres de 30 a 39 anos, com um total de 519 óbitos e de 20 a 29 anos com 468 casos. CONCLUSÃO: A mortalidade pré-eclâmpsia  no Brasil se concentra principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste, com maior prevalência entre mulheres de 30 a 39 anos. Embora a mortalidade por essa condição tenha diminuído em algumas regiões, ainda há uma prevalência significativa em populações com menor acesso ao atendimento adequado. Esses dados sugerem que intervenções em saúde pública voltadas para o pré-natal de alto risco, como o monitoramento mais próximo de gestantes com fatores de risco, podem ser essenciais para reduzir os óbitos associados à hipertensão gestacional e suas complicações.

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