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Análise das Internações hospitalares para correção de Tetralogia de Fallot em crianças e adolescentes no município de São Paulo entre 2020 e 2024

Guilherme Alves Colaço , Beatriz da Silva de Oliveira, Rafael Yanagizawa Mendes de Oliveira
UNIVERSIDADE Mogi das Cruzes - Mogi das Cruzes - Sao Paulo - Brasil

Introdução:A tetralogia de Fallot (TOF) é um defeito cardíaco congênito (CHD) que apresenta 4 alterações anatômicas: um grande defeito do septo ventricular (VSD) desalinhado anteriormente, uma aorta sobreposta que resulta em obstrução do trato de saída do ventrículo direito (RVOTO) infundibular (ou seja, subpulmonar) e consequente hipertrofia ventricular direita secundária a pressões sistêmicas crônicas. O anel da valva pulmonar é frequentemente hipoplásico, com uma valva pulmonar displásica e estenótica. A TOF é a CHD cianótica mais comum, com uma distribuição sexual quase igual (incidência de 5 a 7 em 10.000 nascidos vivos e prevalência de 1 em 3.000 nascimentos). A apresentação clínica varia em relação à gravidade da RVOTO, apresentando-se mais usualmente como um neonato cianótico. Pacientes adultos com TOF podem ter dispneia e intolerância ao exercício. Objetivo:Analisar as internações hospitalares para corrigir a Tetralogia de Fallot desde crianças a adolescentes no município de São Paulo nos últimos 5 anos. Métodos:Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo com base na análise de dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponível no banco de dados DATASUS (TABNET). Foram selecionadas as seguintes variáveis: número de internações, valor total dos gastos hospitalares, caráter de atendimento e o número de óbitos. Foram utilizadas as métricas de frequência absoluta e relativa. Resultados:Entre 2020 e 2024 foram registradas 98 internações no município de São Paulo para correção de Tetralogia de Fallot e variantes em crianças e adolescentes, totalizando um custo de R$3.051.413,58 para os cofres públicos. Quando analisada essa distribuição ao longo dos anos, observou-se que 19,38% (19) dessas internações ocorreram em 2020, os mesmos 19,38% (19) repetiram-se em 2021, 20,40% (20) em 2022, 26,53% (26) em 2023 e 14,28% (14) em 2024. Ademais, 81 desses casos eram eletivos e 17 eram de urgência. No período analisado, registraram-se 4 óbitos, distribuídos uniformemente, com um caso registrado em cada ano de 2021 a 2024. A taxa de mortalidade foi de 3,85%, sendo a maior em 2024 (7,14%). Conclusão:Após a análise desses dados, é possível inferir que houve um aumento de internações de 36,84% nos primeiro 4 anos, e depois uma redução de 46,15% no último ano. Os custos dessas internações oscilaram da mesma forma que o número de internações durante os anos. Além disso, houve um constante índice de mortalidade, sendo 1 mortalidade/ano, o que reforça a necessidade de evoluir as técnicas de diagnóstico e tratamento dessa doença congênita.

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