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Avaliação Geriátrica Ampla: Um Aliado Essencial na Cardiologia

Lívia da Mata Lara, Lana Fabiola Souza Ianoni, Rodrigo Chaves da Silva, Neire Niara Ferreira de Araújo, Carolina Maria Nogueira Pinto, Newton Luiz R. Callegari, Felicio Savioli Neto
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

 

Introdução: A avaliação geriátrica ampla (AGA) é uma abordagem multidimensional que aprimora a avaliação clínica de idosos, contribuindo para a predição de desfechos adversos e decisão da melhor abordagem terapêutica. Os aspectos avaliados podem incluir fragilidade, funcionalidade, cognição, humor, mobilidade, estado nutricional e suporte social. A prevalência de fragilidade varia conforme os instrumentos utilizados, populações e ambientes, sendo cerca de 10% em idosos não institucionalizados e entre 14,3% e 79,6% em serviços de saúde. Este estudo tem como objetivo avaliar a aplicação da AGA em pacientesidosos cardiopatas em ambulatório de cardiogeriatria de serviço terciário de São Paulo. Métodos:Estudo transversal, de setembro de 2023 a dezembro de 2024, com inclusão consecutiva de 118 pacientes acima de 70 anos, atendidos em ambulatório e submetidos a AGA, incluindo teste de sentar e levantar da cadeira, Timed Up and Go, fragilidade (escala FRIED), entre outros. As variáveis quantitativas foram apresentadas em forma de média e desvio padrão, com valores expressos em percentuais. Resultados:A idade média foi de 79,5 anos (+-5,86), sendo 58% mulheres. As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial (95,7%), dislipidemia (77,9%), diabetes (43,2%) e insuficiência cardíaca (39,8%), com média de 6 (+-1,87) doenças concomitantes. A polifarmácia foi amplamente observada (97,4%) com média de 7 (+-1,93) medicações por paciente. Pelos critérios de FRIED, 44% dos pacientes foram considerados frágeis, 43,2% pré-frágeis e 12,7% robustos. Os itens de maior impacto foram exaustão (47,4%), redução da força de preensão palmar (47,4%), baixa atividade física (40,6%), perda de peso (36,4%) e redução da velocidade de marcha (30,5%). A força de preensão palmar média foi de 19,9 Kgf (+-6,61) e a velocidade média de marcha foi de 5,2 seg (+-2,86). No teste de levantar e sentar, 33,4% tiveram desempenho alterado e 10,2% não conseguiram realizá-lo. No Timed Up and Go, 5,9% apresentaram alteração e outros 5,9% não conseguiram concluí-lo. Além disso, 22,8% dos participantes relataram quedas nos últimos 12 meses, com média de 1,45 quedas por paciente. Conclusão: A AGA mostra-se como ferramenta adicional importante na avaliação clínica de idosos com doença cardiovascular, podendo fornecer elementos novos e fundamentais para melhor decisão terapêutica. A identificação precoce da fragilidade e das alterações funcionais permite abordagem personalizada, podendo reduzir riscos de quedas, hospitalizações e desfechos adversos. 

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19, 20 e 21 de Junho de 2025