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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS NEONATOS SUBMETIDOS AO TESTE DO CORAÇÃOZINHO E A DESIGUALDADE NA TRIAGEM NEONATAL

Laura Cecilia Fernandes Silva, Matheus da Silveira Galvão, Danilo Fernando Martin
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

 

INTRODUÇÃO As cardiopatias congênitas (CC) são anormalidades estruturais do coração ou de grandes vasos desde a vida fetal até o nascimento. O teste do coraçãozinho é o teste da oximetria de pulso para triagem de CC críticas no recém-nascido (RN). Sabendo que, até as 48 primeiras horas de vida, as cardiopatias graves de RN podem ser assintomáticas, o teste do coraçãozinho pode ajudar a detectar a hipoxemia presente na maioria destas CC quando o exame clínico ainda não consegue detectar. OBJETIVO Analisar o perfil socioeconômico dos neonatos submetidos ao teste do coraçãozinho e a desigualdade na triagem neonatal. MATERIAL E MÉTODOS Estudo epidemiológico descritivo a respeito de crianças com menos de 2 anos de idade que realizaram o teste do coraçãozinho entre 24 e 48 horas de vida na maternidade e sua relação com o rendimento mensal domiciliar per capita e a situação do domicílio. Os dados foram coletados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2019. RESULTADOS Em relação ao rendimento mensal domiciliar, o percentual de crianças com menos de 2 anos de idade que realizaram o teste do coraçãozinho entre 24 e 48 horas de vida na maternidade foi cerca de 57,1% para domicílios com até um salário mínimo, em comparação a 75,95% para domicílios com mais de um salário mínimo. Já em relação à situação do domicílio, o percentual de crianças foi de 66% para moradias em zona urbana e de 43,8% para moradias em zona rural. CONCLUSÃO Portanto, observa-se que a realização dos testes de triagem neonatal, como o do coraçãozinho, é influenciada por fatores socioeconômicos, uma vez que crianças de famílias com maior renda per capita e residentes em regiões urbanizadas apresentaram maiores taxas de realização do teste. Logo, existe a demanda por políticas públicas que promovam o acesso equitativo ao teste pelo país, de modo a otimizar o diagnóstico precoce de cardiopatias congênitas e, por conseguinte, garantir melhor prognóstico aos pacientes.

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