Análise do perfil epidemiológico de pacientes acometidos por Endocardite: Um estudo comparativo entre o Brasil e os Estados Unidos entre o período de 2018 a 2021.
Henrique C Leite da Silva, Roberto A Ramia, Matheus L Alexandre , João V Nunes, ARTHUR V DE OLIVEIRA MALHEIROS, João V Gardelli Trindade, Mariana I Ferreira, Rafaela Penalva, Carlos Gun
UNISA - SãoPaulo - SP - Brasil
Introdução: A endocardite é a inflamação do endocárdio, podendo ser infecciosa (EI) ou não infecciosa (ENI). A EI é causada por microrganismos que aderem ao endotélio cardíaco ou a dispositivos intracardíacos, causando a infecção. Já a ENI forma vegetações estéreis de fibrinas e plaquetas ou resulta de resposta autoimune. Apesar dos avanços no controle, a incidência da endocardite permanece estável, afetando de 3 a 10 casos por 100 mil pessoas ao ano nos EUA. No Brasil, sua prevalência é incerta, mas pode ser maior devido a alta taxa de valvopatia reumática. As valvas mitral (41,1%) e aórtica (37,6%) são as mais afetadas. O perfil epidemiológico da endocardite depende, principalmente, de fatores socioeconômicos, tornando essencial sua análise comparativa entre países. Este estudo compara os perfis epidemiológicos da endocardite no Brasil e nos EUA entre 2018 a 2021.
Métodos: Este estudo se trata de uma análise epidemiológica, descritiva e transversal. Os dados apresentados foram retirados do banco de dados do estudo “Global Burden of Disease”, via plataforma “VizHub”, referentes aos óbitos por Endocardite nos anos de 2018 a 2021 no Brasil e nos EUA, utilizando as variáveis “faixa etária” e “sexo”.
Resultados:


Conclusões: A análise epidemiológica da endocardite destacou pontos relevantes em sua distribuição populacional. A prevalência manteve-se constante no período, com leve variação no Brasil e EUA, reforçando a necessidade de maior controle para reduzir os casos. A distribuição etária mostrou discrepância, com maior prevalência em idosos de 80+ anos nos EUA, especialmente entre mulheres, tendência não observada no Brasil. Apesar dos avanços médicos e de informação, a incidência não diminuiu. Fatores como melhor higiene oral, redução do uso de drogas injetáveis e programas de saúde pública relacionados a dispositivos invasivos deveriam estar em ascensão, mas não impactaram a redução da doença.