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Comparação de desfechos cardiovasculares entre estatinas e inclisiran em pacientes com doença arterial coronariana crônica

LEANDRO MENEZES ALVES DA COSTA, Thiago Luis Scudeler , Thiago Midlej Brito, Roger Pereira de Oliveira, Daniel Castanho Genta Pereira, Rafael Amorim Belo Nunes, Rodrigo Goldenstein Schainberg, Anna Beatriz Gori Montes, Gabriela Chaves Santana, Alvaro Avezum Junior
HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ - SÃO PAULO - SP - BRASIL

Introdução A redução dos níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) é fundamental para a prevenção primária e secundária de eventos cardiovasculares adversos. No entanto, uma parcela significativa dos pacientes não atinge as metas terapêuticas recomendadas ou apresenta intolerância às estatinas. O inclisiran, um inibidor da proproteína convertase subtilisina/quexina tipo 9 (PCSK9) de administração semestral, emerge como uma alternativa promissora para o controle lipídico, oferecendo uma estratégia inovadora para a redução sustentada do LDL-C. O objetivo deste estudo foi comparar os desfechos de morte, infarto do miocárdio e AVC entre pacientes com doença arterial coronariana crônica tratados com inclisiran versus estatinas.

Métodos Foi conduzido um estudo de coorte retrospectivo utilizando dados da plataforma TriNetX. Foram incluídos 777 pacientes em uso de inclisiran e 3.512.135 pacientes em uso de estatinas. O desfecho primário foi a incidência de eventos cardiovasculares adversos, analisada por meio de curvas de Kaplan-Meier, teste de log-rank e estimativas de risco expressas como razão de risco (hazard ratio, HR) e odds ratio (OR).

Resultados A incidência de eventos cardiovasculares adversos foi significativamente menor no grupo tratado com inclisiran (7,593%) em comparação ao grupo estatinas (25,729%), com uma diferença de risco absoluta de -18,135% (IC 95%: -19,998% a -16,272%, p <0,0001). O hazard ratio foi de 0,295 (IC 95%: 0,231–0,377), enquanto o odds ratio foi de 0,237 (IC 95%: 0,182–0,309), indicando uma redução substancial do risco relativo de eventos cardiovasculares no grupo inclisiran.A análise de Kaplan-Meier demonstrou uma sobrevida significativamente maior para os pacientes tratados com inclisiran, com probabilidades de sobrevida ao final do período de acompanhamento de 83,258% versus 67,732% no grupo estatinas. O teste de log-rank confirmou a diferença estatisticamente significativa entre os grupos (χ² = 58,781, p <0,0001).

 

Conclusão Os resultados deste estudo sugerem que o inclisiran está associado a uma redução significativa no risco de eventos cardiovasculares adversos e a uma maior sobrevida em comparação ao tratamento com estatinas. 

 

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