Introdução: Examinamos se o tratamento com o objetivo de controlar os indicadores de risco e o AM pode melhorar a condição clínica dos pct. Método: Realizado estudo longitudinal prospectivo com pct portadores de DCNT. Foram submetidos a Estratificação de Risco Global com a calculadora disponibilizada no site da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O tratamento com AM preconizado para DCNT. Os indicadores de risco e as condições clínicas foram avaliados antes e após o AM. Resultados: No período de setembro de 2023 a agosto de 2024 (12 meses), foram atendidos 887 pct portadores de DCNT. A idade média foi de 47,8 anos (min=25/máx=70). O sexo feminino ocorreu em 481 (54,2%) pct. A hipertensão arterial (HAS) ocorreu em 832 (93,80%) pct, obesidade em 616 (69,45%), dislipidemia em 502 (56,60%), diabetes melitus em 241 (27,17%), doença renal crônica não dialítica em 4 (0,45%). Os antecedentes familiares mais frequentes foram, HAS em 627 (70,69%) pct, diabetes melitus em 177 (19,95%), dislipidemia em 96 (10,82%), síndrome coronária aguda em 79 (8,91%) e acidente vascular cerebral em 31 (3,50%). A Estratificação de Risco Global evidenciou 137 (15,45%) pct baixo risco, 445 (50,17%) risco intermediário, 278 (31,34%) risco alto e 27 (3,04%) risco muito alto. Estavam nas metas pré e pós tratamento para HAS 369 (44,35% - n=832) e 784 (95,96% - n=817) pct respectivamente (RR=2,91 - IC95%: 2,66 – 3,18), para diabetes melitus 88 (36,51% - n=241) e 210 (87,86% - n=239) respectivamente (RR=2,84 - IC95%: 2,36 – 3,42), para dislipidemia 161 (32,07% - n=502) e 407 (82,22% - n=495) respectivamente (RR=2,80 - IC95%: 2,43 – 3,22) e função renal zero (0%) e 4 (100% - n=4) pct. Todos os 616 (69,45%) pct com obesidade não atingiram a meta no período estudado. As queixas mais frequentes pré e pós o AM foram, dor precordial em 186 (20,97%) e 5 (0,56%) pct respectivamente, palpitação em 101 (11,39%) e 2 (0,23%), dispneia em 101 (11,39%) e 0 (0%), edema em membros inferiores em 17 (1,92%) e 0 (0%), assintomáticos em 399 (44,98%) e 815 (94,33%), outras queixas em 83 (9,36%) e 42 (4,74%). A avaliação da Classificação Funcional da New York Heart Association evidenciou pré e pós AM estavam na Classificação Funcional I 759 (85,57%) e 857 (99,19%) pct respectivamente, na Classificação Funcional II 123 (13,87%) e 7 (0,79%) e na Classificação Funcional III 5 (0,56%) e zero (RR = 0,49 - IC95%: 0,46 - 0,52). Follow-up 97,40% em 12 meses, 864 pct.
Conclusões: O tratamento com o AM melhorou a condição clínica dos pct no período estudado.