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Avaliação de rigidez arterial por velocidade de onda de pulso e detecção de aterosclerose subclínica em pacientes com Hipercolesterolemia Familiar

Mariana Brito Benevides Xavier, Juliana Simões Zanotti, Raphaela Paula Pinheiro, Allice de Sousa Rodrigues, Carlos Renato de Oliveira, Renato Jorge Alves
SANTA CASA DE SÃO PAULO - São Paulo - SP - BRASIL, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A Hipercolesterolemia Familiar (HF) é uma condição genética caracterizada por elevados níveis de LDL-c e está intimamente associada a alterações vasculares. A detecção precoce de aterosclerose subclínica é essencial para reduzir o risco de eventos cardiovasculares. A velocidade de onda de pulso (VOP) é uma ferramenta útil para esta avaliação.

Objetivos: Detectar rigidez arterial e avaliar aterosclerose subclínica em pacientes com HF.

Métodos: Foram incluídos 44 pacientes > 18 anos, diagnosticados com HF, atendidos em ambulatório de dislipidemias em hospital público. Os pacientes foram estratificados em prevenção primária (PP) e secundária(PS). A VOP braquial foi avaliada por método oscilométrico não invasivo. Dados como sexo, idade e tabagismo foram inseridos no software, que classificou os valores como: “envelhecimento vascular (EV) supernormal, médio e precoce". Os dados foram analisados em frequência (%) ou média±desvio padrão, considerando p<0,05 (GraphPad-Prism).

Resultados: Dos 44 pacientes incluídos, 30 realizaram a avaliação da VOP. A amostra foi composta por 74,2% mulheres, média de idade de 47±11,3 anos, Dutch Lipid Clinic Network Score – DLCNS 6±2 pontos.Todos os pacientes faziam uso de estatinas, sendo que 90% (27) utilizavam estatinas de alta potência. Os resultados da VOP mostraram que 33,3% (10) apresentaram EV precoce, 25,8% (8) tiveram EV médio e 38,7% (12) foram classificados com EV supernormal. No grupo PP, 31,6% apresentaram EV precoce, enquanto 68,4%  tiveram EV médio ou supernormal. No grupo PS, 36,4% apresentaram EV precoce, enquanto 63,6% foram classificados com EV médio ou supernormal (Figura 1), (p=ns).

Conclusão: Os achados indicam que pacientes com HF em PS apresentam maior rigidez arterial (classificação da VOP como EV precoce) em comparação àqueles em PP, mesmo em tratamento hipolipemiante intensivo, porém sem diferença estatisticamente significativa. A rigidez arterial medida pela VOP contribui para identificação precoce dos pacientes com maior aterosclerose subclínica.

 

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