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TRANSPOSIÇÃO CONGENITAMENTE CORRIGIDA DAS GRANDES ARTÉRIAS ASSOCIADA A BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR AVANÇADO DIAGNOSTICADOS AOS 45 ANOS

Julia Abrão Pierin Peres, Mariana Carolina Vastag Ribeiro de Oliveira , Fernando Pierin Peres, Fernando Pierin Peres Filho, Henrique Abrão Pierin Peres
Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE - Presidente Prudente - SP - Brasil

Introdução: A Transposição Congenitamente Corrigida das Grandes Artérias (TCCGA) é caracterizada por uma dupla discordância – atrioventricular e ventrículo arterial. Normalmente se apresenta associada a lesões cardíacas como comunicação interventricular, obstrução da via de saída pulmonar e anormalidades da válvula tricúspide, além de disfunção sistêmica do ventrículo direito e bloqueio atrioventricular completo. Sendo assim, a sobrevida dos que a apresentam é limitada e seus sinais e sintomas ocorrem devido a fisiopatologia das lesões associadas.

Relato do caso: Mulher, 45 anos. Sem histórico médico relevante. Em eletrocardiograma pré-operatório para cirurgia de timpanoplastia foi constatado bloqueio atrioventricular avançado. Holter solicitado demonstrou bloqueio atrioventricular de 2º grau avançado intermitente, com 105 pausas, sendo a maior de 3,4 segundos. Encaminhada ao cardiologista para implante de marcapasso definitivo. Até então não havia feito ecocardiograma, sendo este agora solicitado, revelando TCCGA assintomática. Em segmento, após 3 anos, apresentou fração de ejeção limítrofe (52%), ainda sem sintomas, sendo iniciado uso de IECA. Permanece assintomática, com área cardíaca e função ventricular sem alterações até os dias atuais. 

     

(Imagem 1) Presença de banda moderadora, característica de VD, em lado esquerdo do coração. Localizada sob um AE e acompanhando uma válvula tricúspide. (Imagem 2) Presença de eletrodo de marcapasso vindo do sistema venoso, atravessando AD, atravessando válvula mitral, adentrando um ventrículo morfológico esquerdo, porém, no lado direito do coração.

Conclusão: TCCGA é uma cardiopatia pouco frequente e pouco relatada na literatura, e que tem sua etiologia ainda desconhecida. O diagnóstico pós-natal da TCCGA é feito por ecocardiografia com a identificação da localização sistêmica da válvula tricúspide e do ventrículo direito morfológico. O manejo da Transposição Congenitamente Corrigida das Grandes Artérias acaba se resumindo ao manejo dos defeitos cardíacos associados. Apesar de estudos apresentarem sobrevida limitada para esses pacientes, não ultrapassando 50 anos, foi possível observar que a paciente a superou, permanecendo em acompanhamento de marcapasso, encontrando-se assintomática e mantendo boa qualidade de vida. O caso relatado e publicações levantadas trazem a necessidade de conscientização sobre a TCCGA, seus defeitos associados e suas possíveis complicações.

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