Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença crônica, cujo coração é ineficiente para realizar sua função: o bombeamento de sangue para todo o corpo, consequentemente, causando um déficit na perfusão tecidual. Assim, é de suma importância analisar o impacto da patologia na sociedade, visto que presenciamos um crescimento de comorbidades diretamente atreladas ao surgimento da IC, com aumento significativo do acometimento à população idosa. Metodologia: O estudo consiste em uma análise epidemiológica, de modo descritivo, retrospectivo e transversal. Os resultados foram obtidos através do banco de dados de saúde DATASUS (TabNet), dos anos de 2020 a 2024, referente ao número de óbitos por ano, faixa etária, sexo, cor, tempo médio de permanência hospitalar e valor total gasto no estado de São Paulo. A análise dos dados foi realizada através de tabulação desses, em tabelas e gráficos, por meio de planilha no Excel. Resultados: No intervalo entre 2020 e 2024 houve 24.690 óbitos por IC no estado de São Paulo, com média de permanência de 8,6 dias, possuindo o valor total gasto de 418.854.406,13 milhões de reais aos cofres públicos, representando 52% dos óbitos no Sudeste, o qual obteve 47.444 casos ao todo. Nesse período correspondente aos óbitos no estado de São Paulo, 23.918 (96,8%) apresentavam caráter de urgência, enquanto 772 (3,1%) foram eletivos, dos quais 11.985 (48,5%) eram do homens e 12.705 (51,4%) eram mulheres. Além disso, desse público, 15.989 (64,7%) eram brancos, 6.766 (27,4%) pardos e 1.935 (7,8%) pretos, sendo o grupo majoritário aquele com idade superior a 60 anos, representando 20.966 (84,9%) dos óbitos, prevalecendo aqueles pacientes com idade superior a 80 anos, com 8.452 (34,2%) casos. Em contrapartida, os indivíduos entre 5 e 14 anos de idade representam o grupo menos acometido, com total de 20 casos (0,08%). Por fim, analisando o período, nota-se uma piora nos casos de óbitos, visto que no ano de 2020 houve 4.131 (16,7%) e, em 2014, 5.790 (23,4%). Conclusão: Percebe-se que o valor gasto com o total de óbitos demonstrou-se bem elevado, representando impacto ao dinheiro público, com tempo maior médio de permanência hospitalar de 8,6 dias. Ademais, houve uma prevalência maior de óbitos da população com idade de 80 anos ou mais, além da predominância dessas mortes não só do sexo feminino, mas também das pessoas de cor branca. Conclui-se que houve um aumento significativo no total de óbitos nos últimos 5 anos, representando a ascensão de comorbidades ocasionadoras diretas ao surgimento da IC.