Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) primária é um problema de saúde pública, sendo a patologia mais prevalente nos atendimentos clínicos, caracterizada pelo aumento pressórico nas artérias, desencadeando diversos sintomas, como cefaleia, taquicardia, vertigem e astenia, representando impacto direto na vida dos pacientes por ocasionar um risco crescente de morbimortalidade cardiovascular. Metodologia: O estudo consiste em uma análise epidemiológica, de modo descritivo, retrospectivo e transversal. Os resultados foram obtidos através do banco de dados de saúde DATASUS (TabNet), dos anos de 2015 a 2024, referente ao número de internações por ano, faixa etária, sexo, cor, caráter de atendimento e valor total gasto no estado de São Paulo. A análise dos dados foi realizada através de tabulação desses, em tabelas e gráficos, por meio de planilha no Excel. Resultados: No intervalo entre 2015 e 2024 houve 73.710 internações por HAS primária no estado de São Paulo, possuindo o valor total gasto de 44.702.226,22 milhões de reais aos cofres públicos, representando 59,6% dos internamentos no Sudeste, o qual obteve 123.648 casos ao todo. Nesse período correspondente às internações no estado de São Paulo, 66.163 (89,7%) apresentavam caráter de urgência, enquanto 7.007 (9,5%) foram casos eletivos, dos quais 33.505 (45,4%) eram do sexo masculino e 39.665 (53,8%) eram do sexo feminino. Além disso, desse público, 44.478 (60,3%) eram brancos, 22.933 (31,1%) pardos e 5.759 (7,8%) pretos, sendo o grupo majoritário aquele com idade superior a 50 anos, representando 56.914 (77,2%) das internações, prevalecendo aqueles pacientes com idade entre 60 e 69 anos, com 17.874 (24,2%) casos de internação. Em contrapartida, os indivíduos com idade entre 1 e 4 anos representam o grupo menos acometido, com total de 70 casos (0,09%). Por fim, observando o período analisado, nota-se um avanço nos casos de internação, visto que no ano de 2015 houve 9.246 (12,5%) e, em 2014, 7.046 (9,5%) Conclusão: Nota-se uma predominância maior de internações da população com idade entre 60 e 69 anos, além da prevalência dessa patologia entre as mulheres e pessoas da cor branca. Conclui-se que houve uma redução significativa no total de internações nos últimos 10 anos, representando a efetividade na conduta médica diante dessa patologia, objetivando a melhoria dos hábitos de vida do paciente, assim como seu diagnóstico precoce e terapêutica eficaz.