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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Avaliação epidemiológica da mortalidade materna por hipertensão gestacional com proteinúria significativa no Brasil entre 2013 e 2023.

Carmen Maria Alves Caldeira, Jéssica Cristina Boito , Izabela Padua Barbosa , Laura Delecroide da Costa , Giovanna Moreira Papini , Mariana Ienne Ferreira , João Vitor Gardelli Trindade , Rafaela Penalva , Carlos Gun
UNISA - SP - SP - BR

Introdução: As síndromes hipertensivas da gravidez são a segunda causa de mortalidade materna no mundo e a primeira no Brasil. A pré-eclâmpsia ocorre após a 20ª semana de gestação, com elevação da pressão arterial e proteinúria ≥300 mg/24h ou lesão em órgão-alvo. Essa condição multissistêmica reduz a perfusão placentária e a função vascular da mãe. Fatores de risco incluem idade materna avançada, obesidade, diabetes e hipertensão prévia. É relevante obter informações sobre o diagnóstico da situação de morte materna causada pela hipertensão gestacional com proteinúria significativa no Brasil, visando reduzir a mortalidade materna e as desigualdades sociais no Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, retrospectivo e descritivo. Os dados foram coletados do DATASUS (Tabnet) a respeito dos óbitos maternos por hipertensão gestacional com proteinúria significativa no Brasil, entre 2013 e 2023. Resultados: Foram identificados, dentre os óbitos por hipertensão gestacional com proteinúria significativa (2013-2023), mais casos nos anos 2020 e 2021. Em relação à cor/raça houve maior prevalência em mulheres pardas (53,94%), seguidas por brancas (29,80%) e amarelas (0,15%). Relacionado à regionalidade, a maior proporção foi no Nordeste (36,13%), semelhante ao Sudeste (34,14%), enquanto o Centro-Oeste teve o menor registro (9,87%). Quanto à faixa etária, a mais afetada foi entre 30 a 39 anos (45,03%), seguida por 20 a 29 anos (36,87%), e casos entre 10 e 14 anos foram raros (0,81%). No que tange à escolaridade, a maior proporção de acometidas foram mulheres com 8 a 11 anos de estudo (44,44%), a baixa escolaridade (1 a 3 anos) correspondeu a 7,73%, enquanto a ausência de escolaridade foi identificada em 1,99% dos casos, dados ignorados somam 13,09%. Conclusões: A pré-eclâmpsia têm maior incidência em mulheres pardas de 30 a 39 anos, no Nordeste, com escolaridade de 8 a 11 anos. A gravidez após os 40 anos eleva o risco de hipertensão gestacional, tornando essa faixa a mais afetada. O adiamento da gestação por razões educacionais e profissionais também contribui nessa tendência. Ao analisar as variáveis raça/cor a mortalidade é maior em pardas devido a fatores genéticos e desigualdades sociais. A maioria da população do Nordeste vive em situação de pobreza, o que limita e dificulta o acesso a grandes centros de tratamento. Ademais, a pandemia (2020-2021) agravou a situação ao limitar os serviços de saúde.

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