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Reparo percutâneo borda a borda de valva tricúspide em cenário desafiador: Um relato de caso

Cler David Oliveira, Eduardo Ferreira Amorim, Matheus Fiori Rodrigues Amorim de Oliveira , José Hiago de Freitas Damião, Ana Cláudia Conrado de Oliveira , Isabella de Camargo Preto Piscopo , Ana Beatriz Nepomuceno Cunha, Tarso Augusto Duenhas Accorsi, Pedro Alves Lemos Neto, José Mariani Junior
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - - SP - BRASIL

Introdução: Estão disponíveis atualmente em nosso país, 3 modalidades de tratamento transcateter para valva tricúspide: reparo borda a borda, implante de valva ortotópica e implante heterotópico de prótese bicaval. Dentre elas, a clipagem dos folhetos tricuspídeos com o dispositivo TriClip™ (Abbott, Park, Illinois EUA) foi a mais recentemente introduzida em nosso país e tem se tornado a alternativa preferencial para pacientes com insuficiência tricúspide (IT) funcional e anatomia favorável.

Relato do caso: Mulher, 86 anos, com histórico de implante de marcapasso (MP) definitivo, IT importante secundária a dilatação de câmaras direitas e hipertensão pulmonar moderada, é admitida em dispneia classe funcional IV e tratamento clínico otimizado. O ecocardiograma transesofágico evidenciou IT maciça (Figura 1A) com orifício regurgitante de 0,8 cm2, jato predominantemente anterosseptal e gap de coaptação de 7mm. Risco cirúrgico pelo TRI-SCORE igual a 7 (alto risco). Após discutido em Heart Team, optado pelo reparo borda a borda da valva tricúspide com dois Triclips™ G4 XTW com sucesso. Apesar da presença de eletrodos transvalvar tricúspide, impondo dificuldade técnica relevante, levando a maior taxa de insucesso e risco de deslocamento deste eletrodo, os clipes foram bem posicionados (Figura 2), com consequente redução significativa da regurgitação (Figura 1B), melhora clínica e alta hospitalar sem diurético.

Discussão: O TriClip™ surge como uma opção minimamente invasiva promovendo melhora sintomática, hemodinâmica e de qualidade de vida. Contudo, faz-se necessária uma adequada seleção clínica e ecocardiográfica dos pacientes para obtenção dos melhores resultados. Outro fator que merece destaque é a frequente presença de eletrodo de MP em câmaras direitas, tal como o apresentado neste caso. Este cenário representa um desafio tanto na determinação etiológica quanto técnica, dificultando o adequado posicionamento dos clips durante o procedimento, algumas vezes se fazendo necessário o deslocamento provisório ativo desses eletrodos que não foi necessário neste caso.

Conclusão: O caso destaca o TriClip™ como uma alternativa inovadora no tratamento da IT importante sintomática em pacientes com anatomia favorável, proporcionando melhora dos sintomas e de qualidade de vida de forma menos invasiva.

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