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RECONSTRUÇÃO TRIDIMENSIONAL E NAVEGAÇÃO VIRTUAL EM CORAÇÕES DE FETOS COM DOENÇAS CARDÍACAS CONGÊNITAS

Caroline de Oliveira Nieblas , Nathalie Jeanne Bravo-Valenzuela , Marcela de Castro Giffoni, Gerson Ribeiro , Heron Werner , Edward Araujo Júnior
USCS - Univ. Municipal de S. C. do Sul - São Caetano do Sul - SP - BRASIL, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Medicina UFRJ - Cidade Universitária - RJ - Brasil, Laboratório BIODESIGN PUC Rio - Gávea - RJ - Brasil, UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

 

Introdução: As doenças cardíacas congênitas (DCC) são as malformações congênitas mais frequentes, contudo, a taxa de diagnóstico pré-natal permanece baixa, em torno de 40%, pois poucos centros realizam esse exame e é necessário um profissional qualificado além de um equipamento de alta tecnologia. A ultrassonografia tridimensional (3D) com o software spatio-temporal image correlation (STIC) permite a coleta do volume do coração e sua análise nos modos multiplanar e renderizado. A reconstrução 3D física e virtual do coração fetal, além da navegação virtual, possibilita melhor entendimento das alterações anatômicas das DCC, melhor compreensão das DCC pelos pais, além de discussões interativas entre a equipe médica multidisciplinar, composta por obstetras, neonatologistas, cardiologistas pediátricos e cirurgiões cardíacos. 

Objetivos: Realizar reconstruções virtuais e físicas, bem como navegações virtuais pelas valvas, câmaras e conexões vasculares de corações fetais em casos comprovados de diferentes DCC. 

Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo de abordagem qualitativa e exploratória, com a dispensa do comitê de ética. As reconstruções foram realizadas no Laboratório de BioDesing da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em parceria com a empresa Diagnósticos da América (DASA). Os volumes cardíacos fetais pelo software STIC foram colhidos em aparelhos da marca Voluson E8 (General Eletric Healthcare, Zipf, Áustria) e enviados via Dropbox para a pesquisadora. Para as reconstruções virtuais 3D, utilizou-se o software 3D Slicer (Birmingham, Reino Unido), sendo as reconstruções físicas 3D realizadas nas impressoras Formlabs Form 3 Plus (Formlabs, Somerville, MA, EUA) e MediJet J5 (MediJet 3D Printer, Stratasys, EUA) em resina. As navegações virtuais, foram realizadas pelo software Elucis (Realize Medical, Ottawa, ON, Canada). E todos os casos foram confirmados no pós-natal.

Resultados: Foram realizadas reconstruções virtuais e físicas 3D em 9 DCC (Transposição de Grandes Artérias, Tetralogia de Fallot, Anomalia de Ebstein, Defeito do Septo Atrioventricular Total, Atresia Pulmonar, Divertículo Ventricular, Síndrome Hipoplásica do Coração Esquerdo, Dupla Via de Saída do Ventrículo Direito e Truncus Arterial Comum). E duas navegações virtuais (Transposição de Grandes Artérias e Anomalia de Ebstein).

Conclusão: Os modelos 3D permitiram imagens realísticas das diferentes estruturas cardíacas em casos de DCC, as quais podem permitir discussões interativas entre equipes multidisciplinares, além de melhor compressão das DCC pelos pais. 

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