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Infarto Agudo do Miocárdio em pacientes abaixo de 20 anos no Brasil: análise epidemiológica de uma década.

Beatriz Zilda Baldi, André Cedro Souza, Hugo Ferraz Lacerda, Maria Clara Carvalho Martins Leal, Júlia Freitas Oliveira Costa, Manoel Luiz Correia Junior, Maurício da Silva Santana, Bruno Baldassaro Baldi
Unesulbahia - Eunápolis - BA - Brasil, Grupo CDR - Eunápolis - BA - Brasil

Introdução

O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma das principais causas de morbimortalidade global, tradicionalmente associado a fatores de risco como idade avançada, hipertensão arterial, dislipidemia e tabagismo. No entanto, a  crescente ocorrência em indivíduos jovens tem se tornado um desafio clínico e epidemiológico.

Objetivo

Analisar o perfil epidemiológico da morbidade hospitalar por IAM em pacientes abaixo de 20 anos no Brasil, em um período de 10 anos (2014-2024).

Metodologia

Estudo quantitativo e retrospectivo, baseado na análise de dados secundários do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos pacientes com menos de 20 anos internados por IAM no período de 2014 a 2024 e analisadas as variáveis: região geográfica, caráter do

atendimento, faixa etária, sexo e etnia.

Resultados

Entre 2014 a 2024, foram registrados 3.290 casos de IAM na população abaixo de 20 anos. A região Sudeste apresentou a maior frequência de casos, totalizando 1.416 atendimentos (43%), seguida pela região Nordeste, com 880 casos (27%). Em relação ao tipo de assistência prestada, 2.991 internações (91%) ocorreram em caráter de urgência. A distribuição etária evidenciou maior concentração de hospitalizações nos extremos de idade, com destaque para a faixa etária de 15 a 19 anos (1.421 casos; 43%) e menores de 1 ano (1.213 casos; 36%). Já os indivíduos entre 1 e 14 anos apresentaram menor taxa de internação em comparação com os extremos etários avaliados. Quanto ao sexo, a população masculina foi a mais afetada, com 2.264 internações (69%). Esse padrão se manteve em todas as faixas etárias, exceto no grupo de 5 a 9 anos, onde a distribuição entre os sexos foi equivalente. Em relação à variável étnica, a população parda foi a mais acometida em todas as faixas etárias, totalizando 1.512 hospitalizações (46%), seguida pela população branca, com 710 casos (22%). A população indígena apresentouo menor número de internações, com apenas 13 casos (0,4%).

 

 

Conclusão

O estudo evidencia um padrão bimodal de incidência de IAM na população avaliada, com picos em menores de 1 ano e em 15 a 19 anos. Observa-se predomínio no sexo masculino e pardos, com a maioria das internaçõees em caráter de urgência, reforçando a gravidade dos casos. A distribuição etária e a predominância masculina sugerem etiologias distintas nesses subgrupos, destacando a necessidade de estratégias preventivas diferentes. Estudos futuros são essenciais para compreender os fatores de risco específicos e aprimorar a abordagem clínica do IAM em jovens.

 

 

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