SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

MELHORA DE FRAÇÃO DE EJEÇÃO EM PACIENTE DOENTE RENAL CRÔNICO POSSIBILITANDO O TRANSPLANTE RENAL: O IMPACTO DA REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR

Mateus Tramontini Tunes, Martin, D. F. , Freitas, R. P., Tannus, P. A. de S., Vegas, M. V. B. O. C., Pedro, B. N., Ferreira, J.V.M.S, Verginio,H. R. , Chueire, R. H. F.
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

Introdução:

A Doença Renal Crônica (DRC) é uma patologia multifatorial que acomete cerca de 10% da população.Suas principais causas incluem:hipertensão arterial mal controlada, diabetes mellitus, obstruções renais e glomerulopatias. A evolução para Terapia Renal Substitutiva (TRS) é cada vez mais prevalente, necessitando de múltiplas abordagens terapêuticas. Devido aos fatores de risco, a Insuficiência cardíaca de fração de ejeção reduzida (ICFER), tem limitado o transplante renal devido ao alto risco cirúrgico. A reabilitação cardíaca, pode melhorar o quadro clínico e reduzir sintomas em pacientes de ICFER.

Descrição do Caso:

V. E. S, sexo feminino, 62 anos, professora, natural do interior de Sâo Paulo, histórico de nefrectomia esquerda em 2013 por nefrolitíase e hipertensão arterial sistêmica. Em 01/2021 realiza embolização de aneurisma e evoluiu com LRA sobreposta devido nefrotoxicidade por contraste, com necessidade de TRS. Durante o acompanhamento ambulatorial evoluiu com sintomas de insuficiência cardíaca, em ecocardiograma (ECO) 11/21 evidencia fração de ejeção (FE) de 28%, dilatação moderada do ventrículo esquerdo e aneurisma apical com hipocinesia das demais paredes. Investigação afastou outras etiologias, sendo atribuído o diagnóstico à hipertensão arterial não controlada. Prescrito terapia tripla para ICFER e encaminhada para reabilitação cardíaca, visando melhora funcional para viabilizar o transplante renal. Durante reabilitação foi avaliada por equipes de fisiatria, cardiologia, nutrição e psicologia. Realizado ergoespirometria 04/2022, interrompida por dor em membros inferiores, Vo2 máximo 11,08 ml/kg/min (3,16 mets), refletindo uma capacidade física muito fraca para a idade e uma capacidade funcional severamente reduzida (41,8% do predito), limiares para o condicionamento físico 79-89 bpm. Realizado fortalecimento muscular global, envolvendo exercícios aeróbicos e resistidos. Novo ecocardiograma realizado em 12/2022, demonstrou FE de 40% e melhora funcional. Realizou transplante renal em 09/2023 sem intercorrências cardiológicas. Apresentou boa recuperação no pós-operatório com ECO de internação FE de 56% e iniciado dapagliflozina 10mg. 

Conclusão: Um relato de caso de sucesso, onde a reabilitação cardíaca associada a terapias multiprofissionais e um trabalho em equipe , propiciaram um transplante renal com sucesso em paciente de alto risco que seria inelegível ao procedimento antes das terapias.  

 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

45º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

19, 20 e 21 de Junho de 2025