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Associação entre Tabagismo e Hipertensão: Um Estudo em uma Unidade Básica de Saúde em Campinas

Jenifer Kelly Rosa de Lima, Lorenzza Martelli Milan, Felipe Félix Máximo, Ana Luisa Fagundes Monteiro Cota, Victor Ieiri de Oliveira, Bethania Kallmann , Fernanda Domingues de Oliveira, Laura Meneguello Pierrotti, Carolina da Silva Campos
UNIFAJ - Jaguariúna - SP - Brasil

A hipertensão arterial, que afeta mais de 30% da população brasileira, é agravada pelo tabagismo, um dos principais fatores de risco modificáveis. O consumo de nicotina e outras substâncias do cigarro contribui para a disfunção endotelial, aumentando a pressão arterial, a inflamação vascular e a formação de placas ateroscleróticas. A interação entre fatores genéticos e ambientais intensifica o risco cardiovascular, favorecendo trombose e eventos isquêmicos. Assim, a associação entre tabagismo e hipertensão representa uma importante ameaça à saúde pública, exigindo estratégias eficazes de prevenção e controle.

Este estudo de caráter observacional transversal, teve como objetivo analisar pacientes com hipertensão arterial essencial com fator de risco modificável, sendo o consumo de tabaco. Tratando-se de uma análise de banco de dados de pacientes hipertensos atendidos no centro de saúde de Campinas no ano de 2024. Verificando a quantidade de indivíduos com HAS e tabagista na Unidade Básica de Saúde (UBS).

Dentre os 1872 pacientes hipertensos, 265 (14,2%) são tabagistas, 1335 (71,3%) não são tabagistas, e em 273 (14,6%) dos casos não há informação sobre o hábito de fumar.

Este estudo mostra que 14,2% dos hipertensos atendidos na UBS de Campinas são tabagistas, configurando um grupo de alto risco para complicações cardiovasculares. A exposição contínua à nicotina e outras substâncias do cigarro promove vasoconstrição, estresse oxidativo, inflamação vascular e disfunção endotelial, agravando a hipertensão. Assim, controlar o tabagismo entre hipertensos é essencial para reduzir o risco cardiovascular, melhorar a qualidade de vida e minimizar a sobrecarga financeira sobre o sistema público de saúde.  Além disso, 14,6% dos hipertensos da UBS não têm registro de tabagismo nos prontuários, o que pode subestimar sua prevalência, afetar a estratificação de risco e dificultar um plano terapêutico eficaz.

A falta de dados sobre tabagismo em pacientes com HAS destaca a necessidade de melhorar os registros clínicos, pois essa lacuna pode prejudicar a coleta de dados epidemiológicos e a eficácia das ações de saúde pública e prevenção. Destaca-se a importância da abordagem multidisciplinar no manejo da doença, enfatizando a cessação do tabagismo. Medidas como aconselhamento individualizado, vínculo médico-paciente, suporte psicológico, envolvimento familiar e terapias farmacológicas podem reduzir a prevalência do tabagismo e o risco cardiovascular, beneficiando a saúde pública e prevenindo doenças cardiovasculares.

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