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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Estudo integrativo das adaptações induzidas pela privação precoce dos hormônios ovarianos no coração hipertenso

Bruno Augusto Aguilar, João Vitor Martins Bernal da Silva, Lucas Dalvit Ferreira, Tallys Eduardo Velasco Paixão, Kelly Yoshida de Melo, Letícia Araújo Ruys, Hugo Celso Dutra de Souza
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - Ribeirão Preto - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) tem como consequência prejuízos na morfologia e função cardíaca, caracterizadas pelo aumento da fibrose e redução da contratilidade do ventrículo esquerdo (VE). A associação da HAS com a privação dos hormônios ovarianos pode exacerbar esses prejuízos, a exemplo do aumento da fibrose. Entretanto, os efeitos sobre a contratilidade do VE ainda permanecem incertos. Portanto, investigamos em ratas normotensas (Wistar Kyoto, WKY) e hipertensas (Spontaneously Hypertensive Rat, SHR), os efeitos da privação precoce dos hormônios ovarianos sobre parâmetros hemodinâmicos, morfológicos, histológicos e funcionais cardíacos. METODOLOGIA: 32 ratas (16 semanas de vida) foram alocadas em dois grupos, normotensos (WKY, N=16) e hipertensos (SHR, N=16). Metade de cada grupo (N=08) foi submetida à ovariectomia na 18ª semana de vida. Na 34ª semana ambos os grupos tiveram medidas a pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC) por meio de pletismografia de cauda; a morfologia e função cardíaca por ecocardiografia; a reatividade do leito coronariano e a pressão ventricular esquerda em coração isolado por meio da Técnica de Langendorff; e o percentual de fibrose no VE por análise histológica. RESULTADOS: A comparação entre os grupos (ANOVA de duas vias) mostrou que ratas hipertensas apresentavam maiores valores da PA (p<0.001)e FC (p=0.004). Também apresentavam menores valores do volume sistólico (p=0.017), fração de ejeção (p=0.002), fração de encurtamento (p=0.002) e aumento no percentual de fibrose no VE (p<0.05). A ovariectomia promoveu aumento da massa corporal em ambos os grupos, normotensos e hipertensos (p<0.001), enquanto a massa cardíaca somente aumentou nos hipertensos (p<0.05). A ovariectomia também elevou o percentual de fibrose (p<0.05) em ambos os grupos, normotenso e hipertenso. Por sua vez, a Técnica de Langendorff, em coração isolado, mostrou que somente as ratas hipertensas não ovariectomizadas apresentaram maior reatividade do leito coronariano ao aumento do fluxo quando comparadas às ratas normotensas (p<0.05). Também mostrou que ratas hipertensas apresentavam menores valores da dP/dTmáx e dP/dTmín, enquanto a ovariectomia reduziu a pressão sistólica do VE, dP/dTmáx e dP/dTmín tanto em normotensas quanto em hipertensas. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a privação dos hormônios ovarianos promove prejuízos na morfologia e funcionalidade cardíaca, principalmente nas ratas hipertensas. Ademais, reduz a contratilidade do VE e eleva o percentual de fibrose em ratas normotensas e hipertensas.

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