Introdução: A síndrome metabólica (SM) é caraterizada por um conjunto de fatores de riscos cardiovasculares, e ocasiona desequilíbrio RedOx, que pode impactar na saúde cardiovascular e no músculo esquelético. Como propostas de tratamentos não farmacológicos destacam-se exercícios aeróbicos e resistidos. Entretanto, não há na literatura uma convergência sobre qual tipo de exercício é o mais adequado para minimizar estas alterações. Objetivo: Avaliar o impacto de duas modalidades de exercícios sobre os parâmetros cardiovasculares e desequilíbrio RedOx no músculo esquelético de ratos com síndrome metabólica. Métodos: Ratos Wistar (n=40), foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos (n=20), recebendo ração controle ou ração rica em açúcares simples e gordura, mais adiçãode 25% de sacarose na água de beber (High Sugar-Fat Diet [HSF]). Após 20 semanas foi contatada SM, e os animais foram realocados em quatro grupos por mais 10 semanas (n=10): controle (C), controle (HSF), HSF+exercício físico aeróbico (HSF+EFA) e HSF+exercício físico resistido (HSF+EFR).O EFA foi realizado 5 dias/semana com corrida a 80% da capacidade máxima estabelecida no teste de esforço, por 8 minutos e descanso a 20% por 2 minutos (8min-80%, 2min-20%), por 30 minutos/dia. O EFR foi realizado 5 dias/semana com 4 subidas de escada e aumento gradativo da carga, (1x50%, 1x75%, 1x90% e 1x100% da capacidade máxima), estabelecida no teste de esforço. No fim do experimento, foi realizada a avaliação cardiovascular in vivo por ecocardiograma, pressão arterial por pletismografia da cauda e no músculo sóleo malondialdeido, carbonilação de proteinas e enzimas antioxidantes. Para análise estatística foram utilizados ANOVA seguido de Tukey, p<0,05. Resultados: Fração de ejeção (HSF: 90±0,01% vs HSF+EFA: 93±0,01%, p<0,001; HSF: 90±0,03% vs HSF+EFR: 94±0,001%, p<0,001), velocidade de encurtamento da parede posterior (HSF: 64±5mm/s vs HSF+EFA: 74±6mm/s, p<0,05; HSF:64 ± 5mm/s vs HSF+EFR: 75 ± 5mm/s, p<0,05). A pressão arterial sistólica foi aumentada pela dieta e reduzida pelos dois exercícios (p<0,001). No músculo sóleo, as duas categorias de exercícios atenuaram os parâmetros de estresse oxidativo (p<0,05). Conclusão: Os dois treinamentos melhoraram a função cardiovascular e o estado RedOx do músculo sóleo em ratos com síndrome metabólica.
