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Análise epidemiológica de pacientes idosos com Oclusão do Apêndice Atrial Esquerdo de 2010 a 2023 em Hospital Terciário

Lívia da Mata Lara, Nicole Maldonado Giovanetti, Raiana Santos Lins, Paola Cardoso Preto, Neire Niara Ferreira de Araujo, Carolina Maria Nogueira Pinto, Newton Luiz R Callegari, Lana Fabiola S. Souza, Felicio Savioli Neto
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

 

INTRODUÇÃO. A fibrilação atrial (FA) é uma das arritmias mais prevalentes em idosos, com impacto em morbi-mortalidade e qualidade de vida. É responsável por eventos tromboembólicos, principalmente acidentes cerebrovasculares (AVC), sendo o apêndice atrial esquerdo local de 90% dos trombos.O risco tromboembólicos é avaliado pelo CHA2DS2VASC, se maior ou igual a 2 pontos estima alto risco e, portanto, indica de anticoagulação oral (ACO). O risco hemorrágico é considerado utilizando-se o HAS-BLED. Um escore hemorrágico elevado não contraindica a ACO. Podem ser utilizados antagonistas da vitamina K, como a varfarina, ou anticoagulantes orais diretos (DOACs). Em idosos, a ACO ainda é subutilizada e diversos fatores dificultam seu manejo: risco de quedas, polifarmácia, interações medicamentosas e baixo suporte social.Por isso, a oclusão do apêndice atrial esquerdo (OAAE) é alternativa para pacientes com alto risco tromboembólico e de sangramento ou contraindicação à ACO. Estudos demonstraram que a OAAE é não inferior à varfarina, contudo, a maioria excluiu maiores de 75 anos. OBJETIVO: Realizar análise epidemiológica da OAAE em idosos. MÉTODOS: Estudo descritivo e retrospectivo, com análise de prontuários, de maiores de 65 anos, submetidos a OAAE em hospital terciário, de 2010 a 2023. RESULTADOS: Avaliados 25 pacientes, média de 79 anos, 60% mulheres. Apenas 2 óbitos, sendo 1 por motivos tromboembólicos. FA foi a principal arritmia (92%). Destacam-se as comorbidades: hipertensão arterial (80%), dislipidemia (52%), diabetes (36%), doença arterial coronariana (24%). Destes pacientes, 28% possuíam AVC prévio, 44% histórico de tabagismo, 8% de etilismo e 8% de obesidade. A indicação da OAAE incluiu: labilidade de INR (48%), hemorragias digestivas (36%), resistência à varfarina (12%) e outros sangramentos maiores (4%). As próteses mais utilizadas foram Watchman (50%) e Amplatzer (40%), outras em apenas 5% dos casos. Não foram observadas complicações graves do procedimento, nenhum evento trombótico agudo foi constatado. Após o procedimento, as principais medicações foram: betabloqueadores (68%), AAS (64%), diuréticos de alça (44%), inibidores da enzima conversora de angiotensina (37,5%), bloqueador de canal de cálcio e amiodarona (20% cada), diuréticos tiazídicos (12%). O uso de varfarina foi mantido em 4% dos pacientes e o de DOACs em 16%. CONCLUSÃO:A OAAE mostra-se como opção segura também para pacientes idosos com FA, alto risco de sangramento e contraindicação à ACO. Contudo, estudos maiores são necessários.

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