Introdução: A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é uma síndrome clínica caracterizada por uma anormalidade cardíaca funcional ou estrutural, resultando em suprimento sanguíneo inadequado para atender às demandas metabólicas do corpo. Nesse aspecto, a análise estatística do perfil de mortalidade permite verificar as características associadas a sua prevalência, bem como auxiliar no planejamento de ações estratégicas em saúde. Logo, o estudo objetiva descrever o perfil epidemiológico da mortalidade por insuficiência cardíaca congestiva no Brasil entre 2013 e 2023. Métodos: Trata-se de uma análise descritiva e retrospectiva, baseada na tendência temporal entre os anos de 2013 e 2023, a partir de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), coletados no Departamento de Informática do SUS (DATASUS). No estudo, foram calculadas as taxas de mortalidade por meio da quantificação, por ocorrência, do número total de óbitos por insuficiência cardíaca congestiva no Brasil de acordo com a Classificação Internacional de Doenças – CID10, capítulo I50, bem como a descrição das variáveis região, sexo, faixa etária e raça/cor. Resultados: A taxa de mortalidade por ICC, ajustada por faixa etária, evidenciou maior índice absoluto entre idosos maiores de 80 anos correspondendo a 46,22% (n=145.288). Na distribuição por sexo, observou-se que 52,01% (n= 163.535) dos óbitos ocorreram no sexo feminino, sem diferença significativa quando comparado ao masculino 47,99% (n=150.904; p=0.762317). No período analisado, dentre as cinco regiões do Brasil, o Sudeste apresentou os maiores índices de mortalidade, contabilizando 48,26% (n=151.749), com os estados de São Paulo (24,0%; n=75.448) e Minas Gerais 13,25% (n=41.658) liderando essa análise, sendo que o ano de 2022, considerando o intervalo de tempo analisado, apresentou maior valor absoluto de óbitos 10,6% (n=33.313). Ademais, cerca de 89,67% (n=273.325) dos óbitos foram registrados em pessoas autodeclaradas brancas 54,06% (n=166.909) e pardas 34,89% (n=106.326). Conclusão: As taxas de mortalidade por ICC são mais frequentes na população idosa, principalmente em maiores de 80 anos, sem diferença significativa entre os sexos, com maior prevalência entre os indivíduos autodeclarados brancos e pardos e concentrados na região sudeste do Brasil.